26 julho 2015

Vendas crescem a um ritmo mais rápido, suportando ainda mais a recuperação dos preços


Os resultados do RICS/PHMS de Junho de 2015 apontam para uma recuperação contínua e estável dos preços, suportada pelo aumento da procura e por um acréscimo cada vez mais forte da atividade de venda. No setor de arrendamento as rendas mantiveram-se pelo quarto mês consecutivo, sucedendo a anos de quedas persistentes.


Começando pelo mercado de compra e venda, o interesse por parte de novos compradores continua a subir a um ritmo sólido em todos os mercados regionais, com um crescimento particularmente pronunciado no Porto em Junho. Ao mesmo tempo, as vendas recentemente acordadas subiram ao ritmo mensal mais acentuado desde que o inquérito foi lançado em 2010, observando-se uma subida contínua há cerca de um ano e meio. Mais, as expetativas relativas a vendas apontam para um acréscimo ainda mais robusto no curto prazo, mesmo que o saldo de respostas tenha diminuído ligeiramente face ao máximo obtido em Maio.

Segundo Ricardo Guimarães, Director da Ci, “Foi importante verificar a resiliência do mercado português face à incerteza causada pela crise grega. Os riscos foram destacados pelos agentes mas, contudo, os indicadores de atividade mantiveram-se claramente positivos, no que respeita a vendas e preços. Este foi um teste crítico para o mercado, reforçando o seu potencial.”

Dada a melhoria sustentada quer da procura quer das vendas, os preços continuam em recuperação pelo sexto mês consecutivo. Mais, o ritmo da inflação dos preços da habitação acelerou, impulsionado principalmente pelos fortes ganhos observados em Lisboa. Olhando para o futuro, as expetativas de preços no curto prazo continuam a apontar para uma forte subida. Ao longo dos próximos 12 meses, os respondentes estão a prever que os preços subam 2,7% ao nível nacional. 

Mais uma vez, as recuperações mais acentuadas são previstas para Lisboa e para o Algarve (em cerca de 3%), enquanto as projeções para o Porto se mantêm um pouco mais fracas (2%), embora a diferença tenha diminuído ligeiramente.

O índice de confiança nacional (que resulta da junção das expetativas de preços e vendas) situa-se agora em +36 igualando o terceiro resultado mais elevado já registado, apesar do contraste com o resultado excecionalmente alto observado em Maio.

No setor de arrendamento, o sólido acréscimo da procura continua a esbarrar com a queda do número de novas ofertas por parte dos proprietários. Como resultado, as rendas mantiveram-se mais ou menos inalteradas pelo quarto mês consecutivo, enquanto as expetativas sugerem que se aproxima um novo período de estabilidade.

Na opinião de Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, “A recuperação da atividade do mercado de compra e venda parece estar a ganhar impulso, conduzida pela melhoria dos fundamentos económicos e pelo aumento da confiança. Contudo, permanecem riscos significativos na área do euro que podem afetar o sentimento de mercado se não se encontrar uma resolução.”

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