15 julho 2015

Viseu assiste a reforço da procura nos segmentos residencial e comercial


Habitação com procura assente em jovens casais e investidores. Espaços comerciais despertam interesse para criação de negócio próprio. O mercado imobiliário de Viseu atravessa uma dinâmica positiva, com procura crescente nos segmentos de habitação e espaços comerciais, estes últimos numa perspetiva de abertura de negócio próprio. Com efeito, “o mercado imobiliário de Viseu está visivelmente dinâmico”, adianta Ricardo Pina, consultor imobiliário da agência RE/MAX Dinâmica daquela cidade.


Numa leitura mais ampla, verifica-se que “o concelho de Viseu evoluiu bastante nas últimas três décadas. De uma atividade mais concentrada na agricultura, beneficiou bastante de fundos comunitários que permitiram o investimento em indústrias, em particular das indústrias transformadoras, o que beneficiou também o comércio e serviços”, estima Cruz Lança, Responsável de Vendas de Imóveis – Retalho Norte do Millennium bcp. 

Em razão do desenvolvimento da atividade económica, “a população ficou mais urbanizada” e “o setor imobiliário cresceu bastante, tendo sido desenvolvido um planeamento urbano e uma série de infraestruturas que melhoraram muito a qualidade de vida da população”, disse o mesmo responsável. Por isso, a cidade de Viseu “é justamente considerada como das que oferecem melhor qualidade de vida aos seus habitantes”. 

Este dinamismo reflete-se nas tendências atuais do mercado imobiliário. Ricardo Pina afirma mesmo que, no que diz respeito “ao volume de negócios da nossa agência, encontramo-nos com aproximadamente 16% de crescimento face ao ano transato, representando 2014 como o melhor ano de sempre em volume de negócios”. Deste modo, “temos de estar naturalmente otimistas em relação ao futuro deste setor”. 

Também Cruz Lança salienta que “o concelho de Viseu concentra muito do dinamismo da região no que se refere à venda de ativos imobiliários. A nossa oferta escoa rapidamente, com destaque no setor habitacional, mas também os imóveis não residenciais, em particular as lojas bem localizadas”, afirmou. 

Habitação com preços estáveis 

No segmento residencial, “verifica-se uma maior procura das tipologias T2 e T3”,as quais representam “o produto com maior expressão na cidade de Viseu”, adianta Ricardo Pina. 

Neste momento, registam-se “dois grandes tipos de clientes”. Por um lado, “os casais jovens que, menos receosos e impulsionados pela maior abertura da banca ao crédito, avançam para aquisição de habitação própria, sobretudo imóveis novos ou seminovos”. 

No segmento residencial, “verifica-se uma maior procura das tipologias T2 e T3”,as quais representam habitação própria, sobretudo imóveis novos ou seminovos”. 

A crescente procura trouxe ao mercado uma fase de “estabilização” de preços, ainda que não de recuperação. A título de exemplo, Ricardo Pina refere que “um T2 seminovo, relativamente perto do centro (junto à circunvalação), andará na ordem dos 110 mil euros”. 

De outro lado, “os investidores” que, “face à reduzida rentabilidade que a mesma banca lhes proporciona, optam por adquirir imóveis para colocarem no mercado de arrendamento”. 

Neste último caso, “o produto mais procurado são apartamentos usados, com preços entre os 50 mil e 70 mil euros, os quais, praticando rendas entre 250 e 300 euros, proporcionam um rendimento bastante interessante”, constata aquele operador. 

Lojas com preços apreciados 

No que diz respeito aos espaços comerciais, os agentes de mercado constatam que, “embora de uma forma não muito entusiástica, se verifica um aumento da procura, sobretudo para abertura do próprio negócio”, disse Ricardo Pina. 

No entanto, sublinha, esta procura está orientada sobretudo para “o arrendamento, dado ser menos arriscado para quem está a iniciar o seu projeto”. 

O mesmo operador considera que os preços destes espaços estão “sobrevalorizados”, tendo em conta “o momento atual”. Assim, estes “deveriam ser revistos em baixa. Se tivermos em conta uma loja nova, em zona central, o preço médio do m2 situar-se-á nos 1500 euros”. Neste segmento, “regista-se procura mais acentuada nos setores da restauração e da estética”, conclui.

Viseu concentra 24% da oferta no distrito

Esta edição do Mês das Oportunidades do Millennium bcp dedica particular atenção do mercado do Centro Norte, “com perto de 20 imóveis no concelho de Viseu em comercialização, com um valor médio de 70 mil euros”, adiantou Cruz Lança. Aliás, “a par do concelho de Satão”, Viseu é o concelho que concentra “a grande maioria de imóveis, quer em número e valor”, na carteira de comercialização face ao total do distrito, com “um peso de 24%”. Na cidade de Viseu, “os imóveis em venda são praticamente todos não residenciais, com o segmento de comércio a liderar a oferta”, sublinhou aquele responsável. “Adicionalmente, existe também um conjunto de instalações industriais, com peso na composição da carteira desta região”. As estimativas do Banco apontam para resultados encorajadores nesta edição do Mês das Oportunidades em Viseu, onde “esperamos vender cerca de metade dos ativos habitacionais no distrito”. Aliás, “a chegada de emigrantes nesta estação e a sua permanência em razão das feiras populares serão um fator de captação de investimento para a compra de ativos imobiliários, em particular os residenciais”, sustenta Cruz Lança. Os imóveis não residenciais, “em particular as lojas para comércio e serviços”, “oferecem boas expetativas na cidade de Viseu”.

Fonte: Público Imobiliário

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