31 agosto 2015

Prestações da casa vão manter-se em mínimos por mais um ano


A queda das taxas de mercado vai trazer novos mínimos nas prestações do crédito à habitação para quem tem revisão do contrato no próximo mês. E há margem para que continuem a tocar valores mais baixos de sempre durante mais um ano. Vem aí mais uma descida das prestações do crédito da casa.


Quem tem revisão do contrato no próximo mês vai voltar a sentir uma redução na mensalidade que, embora mínima, vai colocar o valor mensal a pagar ao banco em mínimos. E não será a última vez que tal acontecerá. Há margem para que esta tendência se mantenha durarnte, pelo menos, mais um ano.

As taxas que servem de referência para a generalidade dos créditos à habitação no mercado português voltaram a cair este mês. E fixaram, tanto a de seis meses, a mais utilizada, como a de três, novos valores recorde (0,039% e -0,033%, respectivamente). Quedas que fizeram recuar a média mensal para 0,045% e -0,027%, traduzindo-se em reduções de 1,16% e 0,25% no valor das mensalidades a pagar aos bancos.
Estas descidas vão permitir uma poupança de 3,65 euros na mensalidade de um crédito de 100 mil euros a 30 anos, ao qual tenha sido atribuído um "spread" de 0,7%,4~de um empréstimos indexado à Euribor a seis meses. No caso de um crédito com a taxa a três meses, que está negativa, a poupança será menor: 0,76 euros, segundo os cálculos do Negócios. A. mensalidade cai para 310,06 e 306,84 euros, tratando-se em ambos os casos mínimos históricos.
Estas novas reduções são a manutenção de uma tendência já de alguns meses que deverá prolongar-se. É que se há pouco tempo a perspectiva era de que as taxas começassem a recuperar mais para o final deste ano, com a retomada inflação fruto da politica monetária implementada pelo Banco Central Europeu, actualmente o mercado aponta para que essa inversão só aconteça mais para meados do próximo ano. Os futuros sobre a taxa a três meses estão negativos até Setembro de 2016. A taxa poderá ir até -0,035% em Dezembro, mantendo-se em -0,03% em Junho.

"Apesar de os dados mais recentes mostrarem uma aceleração dos agregados monetários, as pressões inflacionistas continuam muito reduzidas" num contexto marcado pela queda das cotações das matérias-primas, nomeadamente do petróleo, diz Filipe Garcia. "Todos os sinais até agora mostram uma forte probabilidade de o BCE implementar o programa de expansão monetária até ao fim", em Setembro de 2016, diz. "E há até quem já levante a possibilidade de ser prolongado", o que mantém as taxas de mercado sob pressão, remata o economista da IMF.

Fonte: Negócios

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