22 setembro 2015

Investimento em instrumentos de liquidez avança nos fundos imobiliários


Agosto trouxe consigo uma queda no conjunto dos ativos geridos pelos vários segmentos de fundos imobiliários. Saiba que outras mudanças – e tendências - sucederam no mês. Agosto: mês de verão por excelência, mas que este ano acabou por ser um período de maior hostilidade para os mercados financeiros. No mercado nacional de fundos imobiliários o oitavo mês do ano esteve muito em linha com os restantes meses.


Na sua totalidade – e depois de um incremento em julho – os ativos sob gestão dos vários segmentos de fundos de investimento imobiliários voltaram a decrescer. Segundo o que relata agora a CMVM nas suas estatísticas periódicas sobre este negócio, o património gerido pelos fundos de investimento imobiliário (FII), pelos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e pelos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) situou-se nos 11.824,8 milhões de euros, menos 19,5 milhões (0,2%) do que no mês de julho.


O maior contributo para este recuo foi dado pelos fundos de gestão de património imobiliário, que no mês recuaram 8,8% para os 695,7 milhões de euros de montante sob gestão. Para os outros dois segmentos pode dizer-se que o mês até correu de feição: o património gerido pelos fundos de investimento imobiliário cresceu 0,6% para os 8.436,8 milhões de euros, enquanto no âmbito dos fundos especiais de investimento imobiliário o património sob gestão se manteve praticamente inalterado nos 2.692,2 milhões de euros.

Transferência de um fundo
No que toca a novidades na indústria no mês em análise, o Regulador fala transferência da gestão do fundo de investimento Imobiliário “Fundivest – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado”, da Gesfimo para a Montepio Valor.

Aumenta investimento em instrumentos de liquidez
Já em relação às tendências de investimento por tipo de ativo, há pelo menos uma nuance a destacar. Na rubrica referente ao investimento em liquidez destaca-se que tanto os fundos abertos, como os fundos fechados alocaram, de um mês para o outro, mais dinheiro em instrumentos de liquidez.
No caso dos fundos de investimento imobiliário e dos fundos especiais de investimento imobiliário a exposição a instrumentos de liquidez registou uma variação mensal 83,2%, o que no final de agosto se traduzia em 176,5 milhões de euros investidos a este nível. No caso dos FUNGEPI o incremento mensal de investimento no que toca à liquidez cifrou-se em 5,9%, o que nas carteiras representa um montante de 89,1 milhões de euros. Nos fundos fechados, por seu turno, este tipo de ativo cresceu 4,7%para os 812,9 milhões de euros.

“Trio de ataque” inalterado
As três maiores gestoras do mercado nacional de fundos imobiliários em julho continuam a sê-lo em agosto. As informações do Regulador indicam que a Interfundos se mantém no topo do ranking com uma quota de mercado de 12,5%, seguindo-se a Fundger com 11,4%, e a Norfin com 8,6%.
Quando o assunto são os maiores fundos do mercado nacional as mudanças também não se fazem sentir. Os três maiores produtos continuam a ser os mesmos, muito embora os ativos sob gestão tenham decaído em quase todos eles. O Fundimo, gerido pela Fundger – que é o maior fundo do mercado nacional - apresentou no mês um decréscimo de 0,1% face a julho, acabando agosto com 626,7 milhões de euros; por seu lado, o Novimovest, a cargo da Santander Asset Management, viu o mês terminar igualmente com uma redução de 0,1% para os 326,1 milhões de euros. Por último, o Fimes Oriente, gerido pela Gesfimo, terminou o mês com um património sob gestão de 321,7 milhões de euros, o que se traduziu numa variação mensal praticamente nula.

Fonte: Funds People Portugal

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