02 setembro 2015

“Procuram-se” 120.000 m² para arrendar em Lisboa


A procura de escritórios na cidade de Lisboa está a ganhar pulso em 2015, mas a escassez de novo stock está a condicionar o desenvolvimento do mercado, pois caso o atual ritmo de novos projetos se mantenha vai haver “falta de escritórios”.


O alerta foi deixado pela Worx que, de acordo com o diretor de agência, Pedro Salema Garção, contabiliza atualmente “mais de 120.000 m² de procuras ativas” para espaços de escritórios na cidade. 

Fazendo um balanço positivo da atividade do departamento que lidera, Pedro Salema Garção garante que o objetivo é “até ao final do ano conseguir colocar 20 a 25% desta área”, o que resultará num aumento da sua quota nesta área de negócio. 

“Nos últimos anos, mesmo durante a crise conseguimos manter sempre uma quota de mercado (negócios entre agentes) entre os 25 e os 28%. Durante os primeiros seis meses deste ano conseguimos uma quota de 25% mas as operações realizadas em Agosto (cerca de 10.000 m²) e as que esperamos fechar até ao final do ano deverão aumentar a nossa quota para cerca de 30%”, revela Pedro Salema Garção. 

Na opinião deste responsável, a escassez de nova oferta que atualmente se verifica é uma das maiores ameaças no seio do mercado de escritórios, pois “durante os últimos anos temos assistido a um índice de construção / remodelação de edifícios de escritórios muito reduzido não sendo suficiente para responder às necessidades futuras”. 

De facto, realça a Worx, a quebra que se tem vindo a registar em termos de nova oferta projetada para Lisboa é um dos fatores mais relevantes para a descida da taxa de desocupação (vacancy rate) no mercado de escritórios, a qual se situa atualmente em torno dos 11,7% - o valor mais baixo desde 2011. Pelas contas da consultora, em 2016 deverão entrar apenas 37.061 m² de nova área bruta locável no mercado de escritórios de Lisboa, dos quais mais de metade (20.000 m²) já se encontra com contratos de pré-arrendamento. 

Embora a atividade esteja a evoluir a bom ritmo, Pedro Salema Garção não acredita que o volume total de absorção em 2015 ultrapasse os níveis do ano passado. “A falta de oferta está sem dúvida a começar a condicionar as operações”, explica.

Fonte: VI

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