14 outubro 2015

O que está a puxar pelos preços das casas em Portugal?


Os bancos estão a elevar o valor atribuído aos imóveis, sendo que ao mesmo tempo têm vindo a financiar uma percentagem cada vez maior da avaliação destes. E a juntar a isso está o facto de estarem a apresentar condições cada vez mais atrativas, nomeadamente "spreads" abaixo de 2%.


Mais percentagem do valor das casas em crédito 
A revisão em alta dos valores das avaliações feitas aos imóveis reflecte a melhoria das condições económicas, mas também a maior apetência do sector financeiro na concessão de financiamento para a compra de imóveis. Os últimos dados do Banco de Portugal revelam que, entre Janeiro e Julho, este segmento captou 2.065 milhões de euros das instituições financeiras, o valor mais elevado desde 2011. A prova dessa maior aposta por parte da banca no crédito para casa está no facto de atribuírem valores mais elevados aos imóveis, mas também concederem uma percentagem cada vez maior de crédito face à avaliação. Tendo em conta que a área média dos imóveis em Portugal é de 100 metros quadrados, os dados do INE revelam que o montante médio dos novos contratos ronda os 80% do valor da casa. No final de 2013 esta percentagem era de apenas 64%. 

"Spreads" mais baixos no financiamento 
Ao mesmo tempo que sobem as avaliações, concedem mais percentagem de crédito face ao valor dos imóveis, os bancos estão a apresentar taxas de juro cada vez mais baixas. A taxa de juro implícita nos novos contratos caiu para 2,331%, o valor mais baixo em cinco anos, de acordo com os dados do INE. A taxa dos novos financiamentos para a compra de casa tem descido a um ritmo mais acelerado nos últimos meses, fruto da quebra dos juros no mercado, mas essencialmente em resultado das descidas sucessivas dos "spreads" mínimos. Num conjunto de 12 bancos, oito já apresentam uma margem mínima inferior a 2%. sendo que são grandes bancos que estão a praticar os "spreads" mais reduzidos. Primeiro foi a CGD a colocar a taxa mínima em 1,75%. Depois foi a vez do BCP igualar esta margem, sendo que agora também o Santander Totta dá um "spread" mínimo de 1,75%.

Fonte: Negócios

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