04 novembro 2015

Keller Williams: À espera de uma oportunidade


Um fim de uma parceria entre duas empresas abriu portas para a chegada da Keller Williams a Portugal. Associando-se à imobiliária Ábaco, a mediadora imobiliária norte-americana começou a operar no mercado português em Setembro do último ano. Em 2015, a faturação ascendeu aos 15 milhões de euros.



A ruptura de uma associação de oito anos, entre a Remax e a imobiliária Ábaco foi o tónico que levou à entrada da Keller Williams (KW) em Portugal, em Setembro de 2014. Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão, CEOs da Ábaco e actuais regional owners da Keller Williams em Portugal, referem que este projeto nasce com a visão de tornar a KW na empresa de eleição da mediação imobiliária em Portugal.



Para a Keller Williams (KW), Portugal assume-se como um mercado estratégico, importante na Europa, que se tem apresentado mais estável, nos últimos oito anos, comparativamente ao mercado norte-americano. Foi este o principal motivo que levou a empresa a rumar a Portugal. O primeiro contacto entre a Ábaco e a KW remonta a 2013, através do responsável pela expansão da KW fora da América do Norte. Após darem a conhecer o modelo de negócio da Ábaco, o responsável da imobiliária norte-americana considerou que a empresa portuguesa era, na essência, um market center KW a operar sob outra marca. «Este conhecimento mútuo permitiu verificar que a filosofia de negócio em que acreditamos estava presente na KW e, além disso, existia a mais-valia de poder trazer para Portugal um conjunto de conceitos inovadores que levaram a KW à liderança do competitivo mercado norte-americano», afirmam Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão.


Para a chegada da empresa a Portugal, os regional owners, referem que o principal investimento recaiu no capital humano, «na procura de profissionais talentosos que pudessem descobrir através de todas as potencialidades do modelo KW, que é possível ter uma carreira de sucesso na nossa empresa». Para alem do recrutamento, destaque para a disponibilização, por parte da Keller Williams de modelos e sistemas de consultores imobiliários, onde se incluem programas de formação e manuais de implementação. 

Quanto à importância do mercado português no negócio global da KW, Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão destacam os resultados obtidos, nos primeiros 12 meses da empresa: Portugal é já a segunda maior representação da KW fora dos Estados Unidos da América, com 537 agentes (começou com 103), divididos por 11 market centers, 10 dos quais inaugurados desde Março de 2015. A maior representação está na África do Sul, com 25 markets centers e 580 agentes. 

No que toca à facturação, em Dezembro de 2014 o volume de negócios representava meio milhão de euros, com a actividade de apenas um market center. Em Junho deste ano, a soma já ascendia aos 3,5 milhões, valor que traduz o impacto da KW em Portugal para o negocio global da empresa. «Sinónimo da importância do nosso mercado para a imobiliária e também a vinda a Lisboa de Chris Heller, o CEO da KW Worldwide, que esteve nas celebrações do nosso primeiro aniversário para apresentar a visão de futuro da companhia, celebrando os resultados de excelência atingidos até agora e inspirando os consultores portugueses», acrescentam. 

Os responsáveis realçam que o modelo de cobertura do território nacional da KW distingue-se do dos principais players de franchising de mediação imobiliária. «Carateriza-se por ter menos market centers, mas de maior dimensão e cuja produtividade média por agente é claramente superior à média dos principais players. Esta é uma consequência natural de sermos um franchising baseado em modelos e sistemas e não numa marca e em marketing», esclarecem Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão. Os 11 market centers da KW em. Portugal situam-se no Porto, (Benfica, Campo Pequeno e Campo de Ouriique), Cascais, Abóboda (Cascais), Braga, Alcantarilha (Silves), Portimão. Famalicão e Vila do Conde. 

Os responsáveis da KW em Portugal asseguram que a empresa está já presente em 70% do mercado imobiliário: «Isto significa que a notoriedade da empresa tem vindo a crescer muitíssimo. Além disso, o desenvolvimento consistente da insígnia a nível global tem estimulado a adesão nos mercados locais. Em 2015, já superámos recordes de crescimento, produtividade e rentabilidade e tornámo-nos na maior operadora a nível mundial, em número de agentes imobiliários», congratulam-se. 

Até ao final do ano, as perspetivas apontam para urna facturação acima de 15 milhões de euros, valor cinco vezes superior ao volume de negócios alcançado em 2014. Contudo, Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão referem que os números não são tudo na estratégia da empresa. «Procuramos que o nosso crescimento seja sustentado e por isso não nos prendemos em números, mas em metas. Queremos encontrar pessoas talentosas e alinhadas com a cultura KW, que é muito forte, que possam assumir a liderança de market centers e prestar serviços de excelência. Temos noção de que as fundações do modelo de negócio da KW, associado ao facto de nos estarmos a rodear de pessoas talentosas em toda a organização, vão permitir-nos crescer de forma sustentada. E isso faz parte do nosso destino, que passará por tornarmo-nos líderes de mercado», afirmam. 

Aposta forte na formação 

Para os regional owners, a KW é mais do que urna operadora de mediação imobiliária, apresentando-se como uma empresa de formação de empresários que opera no sector da mediação imobiliária. «Não limitando o negócio à simples soma de transações, a KW, aposta sobretudo na formação e carreira dos seus agentes, investindo no desenvolvimento do seu negócio. Os nossos agentes são o nosso principal asset de comunicação. Todos estes profissionais são conhecedores profundos do sector imobiliário e totalmente empenhados, com a missão KW, ou seja, em construir carreiras que valem a pena seguir, negócios que valem a pena ter e vidas que valem a pena viver. Estamos entusiasmados por partilhar as formações inovadoras, ferramentas e cultura de uma empresa empenhada em proporcionar carreiras bem sucedidas e negócios fortalecidos aos seus consultores», salientam Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão. 

A cultura da Keller Williams, segundo os responsáveis, assenta em três eixos de diferenciação face aos restantes players: a rendibilidade dos market centers, a formação derivada dos modelos e sistemas e a própria cultura da empresa. «Em primeiro lugar, o número de market centers da KW rentáveis na América do Norte é superior a 99%, o que é um número ímpar nete sector. Este resultado deriva da aposta em market centers de grande dimensão. Em segundo lugar, a KW foi considerada a melhor empresa de formação entre todos os setores de atividade pela revista "Training Magazine", distinguindo-se por oferecer as melhor oportunidades aos seus consultores, apostando assim na profissionalização do sector. Finalmente, a cultura da KW permite criar mais oportunidades de crescimento na carreira profissional dos consultores, nomeadamente através de um modelo de gestão dos market cernters, que conta com a sua participação activa, estimulando o seu crescimento pessoal e profissional através do envolvimento dos consultores imobiliários na gestão dos market centers», salientam Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão. 

artigo publicado na revista Marketeer n.º 231 de Outubro de 2015

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