26 dezembro 2015

As grandes tendências do mercado de investimento


Knight Frank, Real Estate
O investimento imobiliário ganha cada vez mais relevo na economia global. Os países facilitam com vistos de residência e outros incentivos. Após o boom da crise financeira que muito afetou este setor, este é agora um mercado rejuvenescido e mais abrangente. 
Cada vez mais há nichos de mercado que ganham força pelo aumento da procura, duração dos contratos e consequente segurança para os investidores. Clínicas, lares de terceira idade e também residências para estudantes ganham relevo.

O envelhecimento da população, o aumento da população universitária e o aparecimento de novas indústrias que apresentam necessidades próprias, enquadram-se numa nova oferta diversificada, interessante para os fundos.

Com menos ativos disponíveis no mercado, os existentes ganham potencial com reabilitações ou remodelações totais. À falta de ativos interessantes os investidores adquirem ativos com retornos reduzidos mas que na atual conjuntura, em que a oferta nova e em pipeline é mínima, acabam por ser a única solução.

Os governos estão a ter um papel fundamental ao facilitarem e criarem incentivos à entrada de investimento estrangeiro. Exemplo perfeito desta situação é a do mercado Indiano em que a legislação foi alterada em 2014 para regular a entrada de capital estrangeiro no País, sendo neste momento estimável a valorização do mercado em 100 mil milhões de dólares a médio prazo. Uma recente alteração da permissão dada às companhias seguradoras da China e Tailândia para investimento em imobiliário internacional desde 2012 e 2013 respetivamente, é também um exemplo da intervenção dos governos no incentivo ao investimento estrangeiro. Desde então, as seguradoras chinesas fizeram a sua prospeção e detêm 220 mil milhões para investir e o foco das Tailandesas será em cidades importantes dos E.U.A. e em Londres. Nos E.U.A. a lei de 1980 de limitação ao investimento estrangeiro resulta em apenas 17% de investimento internacional, valor baixo quando comparado com a Europa com 50% e Reino Unido com 60%. Uma reforma nesta medida impulsionará certamente para o dobro o investimento estrangeiro nas principais cidades como Nova Iorque e São Francisco.

Austrália e China acordaram recentemente um compromisso de livres trocas entre ambos que prevê resultados muito promissores.

A recente atração por viver nos centros das cidades está a criar oportunidades para aglomerar no mesmo ativo, retalho, hotelaria e escritórios e deste modo responder de forma positiva às necessidades das pessoas. Este investimento representa uma redução interessante no risco pois o sucesso de uma das vertentes tenderá a atrair sucesso para todo o projeto.

Os E.U.A estão no top de quem mais investiu fora de fronteiras nos últimos dois anos com 100 mil milhões de dólares, 80% dos quais na Europa, principalmente em Paris e Londres.

No Pacifico o investimento rondou os 18 mil milhões de dólares, dos quais 66% foram em escritórios. No mercado chinês, no primeiro semestre de 2015, destaca-se a aquisição do complexo de escritórios e retalho L’Avenue em Shangai pelo valor de 814 milhões de dólares pela americana Blackstone.

O investimento chinês, mesmo com as suas limitações internas, continua a aumentar fora de fronteiras, contando já com 24 mil milhões de dólares em imobiliário comercial nos últimos dois anos.

Esta análise é feita com base no mais recente estudo feito pela Knight Frank, o “Global Cities 2015” que incide sobre o mercado imobiliário e todas as suas frentes, bem como as suas tendências e previsões.

Fonte: Local.pt

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