18 fevereiro 2016

Lisboa entre as mais atrativas para investir em imobiliário


As altas taxas de rentabilidade que a capital oferece convencem os fundos estrangeiros. Cidades como Londres e Berlim continuam a ser os grandes centros de investimento em imobiliário, mas há alguns mercados pouco tradicionais a surgir cada vez mais nas preferências dos investidores.


Este ano, Lisboa é a sétima cidade preferida dos investidores europeus para apostar em imobiliário, segundo um estudo divulgado hoje pela consultora PwC, que analisa as tendências do mercado imobiliário para este ano. A capital portuguesa tem vindo a melhorar consistentemente a posição e, em 2016, atinge as perspetivas de investimento mais elevadas desde 2006, quando o estudo começou a ser feito.

“O sentimento é que Portugal voltou a estar no radar dos investidores. Portugal recuperou a sua credibilidade”, refere um especialista do setor à consultora. Este efeito começou a ganhar força em 2012, com a reforma da lei do arrendamento urbano. “As mudanças motivaram mais construção residencial e reabilitação”, ainda que estas tenham sido direcionadas para o mercado de luxo, aponta o estudo, intitulado Emerging Trends Europe. “Isto terá de mudar, já que não podemos construir apenas para milionários”, salienta um dos investidores entrevistados pela consultora.

Por outro lado, o mercado é animado pelo alto retorno que Lisboa oferece. “As zonas comerciais nobres da cidade estão perto do topo da Europa, com taxas de rentabilidade de quase 5%”, nota a PwC. “Em zonas menos nobres, há mais espaço para crescer e acrescentar valor”, acrescenta o relatório. 

Olhando para Portugal, o investimento em imobiliário entre o quarto trimestre de 2014 e o último de 2015 ascendeu a 2 mil milhões de euros. Fundos de investimento de países como a China, Malásia, Singapura, Brasil, Angola, Estados Unidos, Reino Unido e Holanda ganham cada vez mais relevância, em detrimento de fundos de países como a Alemanha. 

Europa está otimista 

O setor imobiliário europeu está “muito otimista” em relação às perspetivas de negócios para este ano, animados por um quadro macro-económico mais propício ao negócio e pelas melhorias no desemprego. 

Por outro lado, com as taxas de juro em níveis historicamente baixos, o imobiliário continua a ser um investimento muito atrativo. “O imobiliário oferece um retorno que não é possível encontrar, com um nível de risco semelhante, em obrigações”, refere o estudo. 

Logística é a maior tendência 

Um dos setores mais dinâmicos identificados pelo estudo da PwC é o de logística, facto motivado pelo crescimento acelerado do comércio online. Alguns investidores já veem mesmo a logística como um “substituto” dos imóveis de retalho, com a vantagem de que não é um investimento tão caro. 

Aposta na habitação cresce

O investimento em imobiliário residencial continua a crescer, mas o foco está a mudar. “Não há muito tempo, esta era apenas uma alternativa aos imóveis comerciais. Agora, é visto como uma das megatendências que afetam a sociedade, sobretudo em cidades que estão a crescer”. 

“Há uma enorme escassez de novas unidades residenciais e o preço está fora do alcance da maioria das pessoas. Isso vai manter muita gente a arrendar durante muito tempo”, aponta um investidor irlandês. “O equilíbrio entre oferta e procura significa que este é terreno muito fértil”, acrescenta.

Fonte: Dinheiro Vivo

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