Combater a sazonalidade que decorre do produto turístico estrela do Barlavento, nomeadamente o “Sol e Praia”, é uma das preocupações das autarquias locais, que consideram este fator como umas das principais fragilidades da economia regional. A promoção de outros produtos turísticos, como o turismo de saúde ou o turismo de golfe, têm contribuído para atenuar a desaceleração sazonal da dinâmica económica e também o mercado imobiliário, que é um dos que mais reflete a procura turística – quer através da compra de segunda habitação quer de espaços comerciais -, está já a denotar esta tendência de redução da sazonalidade no Barlavento.
De acordo com Carlos Nunes, Responsável de Vendas – Retalho Sul da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, a procura de espaços comerciais de pequenas dimensão tem vindo a revelar-se um “pouco mais dinâmica fora do que são os períodos óbvios”. “No passado, a prática corrente era a procura por este tipo de imóveis surgir sobretudo nos meses que antecedem no período de verão”, explica. Uma importante franja da procura por este tipo de ativos é gerada por investidores, que “revelam maior disponibilidade para a compra destes imóveis”, com objetivo, na maior parte dos casos, de colocação no mercado de arrendamento. Na sua perspetiva, tal “evidencia maior confiança no mercado e até na própria economia local”.
Também no produto habitacional, a evolução é positiva e as condições oferecidas na região do Barlavento para o turismo de desporto – caso do Golf e do Surf - “são fatores importantes” para a captação de clientes internacionais, refere Carlos Nunes. Com base neste tipo de oferta turística, o Banco, que tem uma carteira de mais de 80 imóveis residenciais e não residenciais em campanha no Barlavento Algarvio, tem “sentido uma crescente procura por parte de não residentes”, explica Carlos Nunes. Acrescenta que “procuram habitações que lhes permitam permanecer no nosso país durante alguns períodos em que estão ausentes, optando, em muitos casos, por rentabilizar esses imóveis através do mercado de arrendamento temporário quando estão ausentes do nosso país” . O tempo de comprar os imóveis com vista a obter retornos mais atrativos parece ser agora, já que, de acordo com dados recentes da Confidencial Imobiliário, os concelhos do Barlavento estão entre aqueles que, a nível nacional, mais recuperaram nos preços dos imóveis face ao mínimo atingido desde 2009. Em Albufeira, por exemplo, os preços das casas entre o pico máximo e mínimo do mercado no período de 2009 a 2015 tiveram uma descida de 31% e já estão a recuperar 11% face a esse registo mais baixo. Portimão, Silves e Lagos são outros exemplos destacados, com quedas de 29% a 18% e recuperações que estão já (no 3º trimestre de 2015) entre 8% e 9%. Nos restantes concelhos do Barlavento – nomeadamente Aljezur, Lagoa, Monchique e Vila do Bispo -, os preços das casas já estão a recuperar de 3% a 4% face à baixa do mercado.
O Millennium bcp inicia a 1 de abril uma nova campanha de comercialização de imóveis nesta região -o “Mês das Oportunidades”-, com preços de oportunidade e outros benefícios para quem adquire ativos integrados na ação até 31 de maio. No total, são 82 imóveis, dos quais 73 de uso não residencial, distribuídos por cinco concelhos do Barlavento, nomeadamente Portimão, Lagoa, Silves, Lagos e Albufeira. O valor médio dos imóveis residenciais em comercialização é de €108.778 e dos não residenciais de €75.814. Além dos valores a que podem ser adquiridos durante o período da campanha, os imóveis poderão refletir descontos adicionais de 5% ou 10%, consoantes sejam residenciais ou não residenciais, caso as referidas escrituras sejam realizadas até 30 de junho.
Fonte: Público Imobiliário
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