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A taxa fixa continua a ganhar espaço no crédito à habitação em Portugal, num contexto de juros em mínimos históricos. Desde 2004 que os bancos não emprestavam tanto dinheiro em empréstimos com juros congelados.
As taxas variáveis dominam o crédito à habitação em Portugal. Mas esta liderança está a ser desafiada pelas taxas fixas. Com os juros em mínimos históricos, os bancos têm reforçado a aposta neste segmento e as famílias têm aumentado a procura. Do montante emprestado para a compra de casa, quase um quarto foi com taxa fixa. Um peso bastante superior ao registado no ano passado.
Os bancos emprestaram 491 milhões de euros para a compra de casa, em Março, segundo os dados do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira. Deste montante, 118 milhões de euros foram concedidos em soluções de taxa fixa. Ou seja, 24% do total financiado. Com esta evolução, os empréstimos com taxas sem variações atingiram o valor mais elevado desde Novembro de 2004, quando representavam pouco mais de 7% de todo o crédito. Tendo em conta o capital médio em dívida, este valor terá sido distribuído por 1.376 contratos.
No acumulado do primeiro trimestre, as novas operações de empréstimos a taxas fixas totalizaram 247 milhões de euros, um máximo desde o último trimestre de 2004 (de um total de 1.218 milhões). Neste período, as Euribor a três e seis meses rondavam os 2%, metade dos mais de 4% que os indexantes chegaram a atingir em 2008 no pico da crise financeira. Actualmente, estas taxas estão também em mínimos mas agora históricos e em níveis cada vez mais negativos.
Neste contexto, as instituições financeiras têm vindo a aumentar as ofertas de soluções de taxa fixa, para assim se protegerem dos valores abaixo de zero nos quais negoceia o principal indexante dos empréstimos para a casa. O Bankinter e o BPI são os bancos que permitem aos clientes fixar a taxa durante mais tempo: 30 anos. Só que, enquanto o banco espanhol, tem como referência a taxa "swap", a instituição liderada por Fernando Ulrich determina a taxa administrativamente. Esta é, aliás, a prática, da maioria dos bancos, tendo em conta que não existe uma legislação que determine como é fixada a taxa. Além do Bankinter, só o Santanter Totta utiliza as taxas do mercado.
Crédito em máximos
O crédito à habitação continua a aumentar e não apenas na modalidade de taxas fixas. Os quase 500 milhões de euros concedidos em Março representaram o valor mais elevado desde Maio de 2011, mês marcado pela chegada da troika (o acumulado do primeiro trimestre está abaixo do último de 2015). Ainda assim, o "stock" de crédito à habitação continua a diminuir, atingindo os 97 mil milhões de euros, mínimos do Verão de 2007, fruto da elevada amortização de capital que tem sido proporcionada pelas baixas taxas de juro.
Bankinter voltar a atacar crédito
Pouco mais de um mês depois de iniciar a actividade em Portugal, o Bankinter cortou o "spread" mínimo no crédito à habitação para 1,25%, em linha com a disponibilidade que já tinha revelado. O banco espanhol já tinha demonstrado que este segmento era uma aposta da sua estratégia comercial, ao apresentar uma taxa de juro de 1,5%, a mesma do Deustche Bank, e a mais baixa do mercado. Com a nova taxa de juro, afasta-se do banco alemão posicionando-se "como o banco com o ‘spread’ mínimo mais baixo no mercado nacional", refere o comunicado. Ainda assim, esta taxa é ligeiramente mais elevada do que aquela que pratica em Espanha: 1,20%. "A nova oferta no crédito à habitação tem como objectivo reforçar o posicionamento anunciado aquando da apresentação do Bankinter em Portugal: um banco que veio para investir e crescer, para apoiar as famílias portuguesas nos seus projectos", diz Carlos Brandão, presidente executivo do Bankinter em Portugal.
Fonte: Negócios
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