19 junho 2016

Jornal francês destaca Portugal como bom local para investir


O jornal francês “Les Echos “coloca Portugal como um ponto de interesse nos negócios imobiliários. Numa notícia publicada em Maio, o jornal refere que as vantagens fiscais são o principal atrativo para investir no nosso país. Assim, o jornal coloca Portugal no grupo de quatro países mais seguros para quem quer investir no ramo imobiliário.


O potencial de mais-valia nos Estados Unidos da América, a rentabilidade na Alemanha e a segurança no Luxemburgo completam esta lista de países interessantes para investir. A publicação recorda que Portugal tem-se afirmado como um dos destinos favoritos dos franceses, o que também se tem refletido nos números do turismo. 

Os dados da Câmara do Comércio e Indústria franco-portuguesa mostram que 25 mil franceses se instalaram em Portugal desde 2013. A ditar o interesse no imobiliário nacional está o regime de residente não habitual, uma “medida muito atrativa”. Na prática, os beneficiários estão isentos de impostos por dez anos desde que passem, no mínimo, 183 dias no país e não tenham tido residência fiscal em Portugal nos cinco anos anteriores. Os reformados são a maioria, mas há também empreendedores à procura dos imóveis nacionais. Clima, preços baixos, em comparação com França, e boa qualidade dos bens justificam o investimento. O “Les Echos” alerta para preços mais altos na Baixa e Chiado, em Lisboa. Aí, o metro quadrado (m2) pode variar entre os 4500 e os 10 mil euros em edifícios novos ou renovados. A procura é “acentuada” em Lisboa, Porto e Algarve, com rentabilidades que podem variar entre os 3 e os 6%. 


Mas o jornal deixa também avisos para quem vai negociar. “Ao adquirir um edifício ocupado, certifique-se de que o tipo de contrato de arrendamento é recente”. Caso contrário, as rendas podem ser muito baixas, “limitando severamente” a rentabilidade, destaca. Outro dos conselhos é que a compra seja de edifícios novos ou reabilitados, para evitar problemas com a estrutura das propriedades antigas ou com coproprietários “inexistentes”. Consultar especialistas portugueses é a última dica deixada no artigo. De acordo com as estimativas recentes da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), os gauleses sobem duas posições, representando uma fatia de 26% do investimento estrangeiro. Seguem-se Reino Unido (19%) e China (13%). 

Segundo a associação, o interesse no imobiliário português está a estender-se a países vizinhos de França, como Bélgica ou Suíça. Enquanto os ingleses tendem a concentrar-se no Algarve e os chineses em Lisboa, os investidores franceses apresentam-se mais dispersos no território na hora de comprar imóveis. 

Os estrangeiros representaram 20% das transações imobiliárias no primeiro trimestre de 2016, notando-se um aumento da representatividade do mercado interno.

Fonte: Vida Económica

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