01 outubro 2016

Habitação: "Faltam casas para o segmento alto em Lisboa"


A RAR Imobiliária opera no mercado de luxo e está a lançar moradias de €1 milhão, localizadas no Lumiar. Durante o auge da crise que afetou o sector imobiliário, a RAR Imobiliária, empresa do grupo RAR que se dedica a esta área de negócio, não avançou com novos projetos. Esta semana apresentou na capital o empreendimento habitacional Quinta do Paço do Lumiar, com a assinatura do arquiteto Eduardo Souto de Moura, onde investiu €16 milhões. Um projeto que surge numa altura em que, na opinião do presidente desta empresa, José António Teixeira, "há falta de produto para o segmento alto em Lisboa".

Desde 2010 até agora, a RAR Imobiliária optou por vender as casas que estava a concluir, em vez de avançar com obra nova. "No ano passado decidimos que já estava a haver retoma no mercado e que era altura de arrancar com novos projetos", explica José António Teixeira. Além do mais estão também a ficar sem produto disponível. Lisboa foi o local escolhido, um mercado que para o presidente da empresa é neste momento "mais apetecível do que o do Porto". Acrescenta que se nota aqui retoma e tem falta de produto para o segmento alto, tanto nacional como internacional.

Habitação de luxo 

No final deste mês a promotora vai apresentar oficialmente na capital o empreendimento Quinta do Paço, destinado ao segmento médio alto e alto, público ao qual os seus empreendimentos se dirigem. Com uma área de 14.557 m2, este condomínio fechado situa-se no Lumiar, zona de quintas, olivais e vinhas. 

A construção vai começar no início do próximo ano e o projeto contará ao todo com 17 moradias em banda, de tipologias T3+1 e T4+1. As casas a poente terão piscina na área ajardinada exterior do lote e nas que ficam a nascente a piscina será instalada no pátio interior. Estas habitações, idealizadas por Eduardo Souto de Moura, têm um pátio central que divide a zona social da privada e vão levar 18 meses a construir. 

"As moradias custam entre €1 milhão e €1,8 milhões", explica José António Teixeira. A comercialização tem como alvo o mercado nacional, bem como o dos residentes não habituais e 'vistos gold'. Neste último vai estar na mira o mercado brasileiro. "Os brasileiros adaptam-se mais a este produto e procuram uma alternativa a viver no Brasil", frisa o responsável da RAR. Imobiliária. 

Dependendo de como decorrer a comercialização da Quinta do Paço, José António Teixeira pondera lançar no curto prazo mais um empreendimento na Grande Lisboa, desta vez com a assinatura do arquiteto Gonçalo Byrne. Trata-se da Quinta de São José de Ribamar, em Algés, o investimento rondará perto dos €30 milhões e o projeto de arquitetura já está aprovado pela Câmara Municipal de Oeiras. "Tem um convento do século XVI lá dentro e um palacete do início do século XX que serão transformados em apartamentos. Depois tem uma componente de construção nova com 12 moradias inseridas dentro dos jardins, classificados como de interesse municipal." 

Projeto no Norte 

Em 2018, e de acordo com os planos de José António Teixeira, é vez de rumar a norte, mais concretamente a Matosinhos Sul. A promotora quer fazer uma segunda fase de um empreendimento já concluído, o Edifício do Parque, em dois terrenos contíguos a este.

Desta vez, os apartamentos serão mais pequenos em área, com tipologias de T1, 2 e 3, pelas quais há grande procura, segundo o presidente da RAR Imobiliária, e tem como público-alvo uma camada mais jovem da população. "Ainda não tem projeto de arquitetura concluído nem valores de investimento, uma vez que está numa fase preliminar", finaliza José António Teixeira.

Fonte: Expresso

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