04 outubro 2016

Portugal tem a segunda maior taxa de proprietários imobiliários


Portugal é o segundo país com maior taxa de proprietários. Os dados são avançados pela CBRE, que apresenta pela primeira vez, um estudo sobre o mercado residencial na Europa, Médio Oriente e África. Portugal ocupa o segundo lugar do ranking de maiores proprietários, com 73,2% de famílias com habitação própria e Espanha lidera com uma quota de 77,7%. Pelo contrário, na Alemanha e na Suíça, apenas 52,6% e 44% das casas, respetivamente, são detidas pelos seus ocupantes.

A discrepância estrutural entre os diversos mercados residenciais é demonstrada pelas diferenças no custo da habitação. Este indicador, medido pelo rendimento médio do agregado familiar, revela que em Lisboa o custo da habitação é dos mais elevados com um peso de 32% no rendimento familiar, quando comparado com os países em análise. Um valor superior a países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Holanda ou Suíça, e apenas mais baixo que Londres e Itália.

Nos mercados analisados, mais de 60% das famílias vive em casa própria, contudo, a análise dos índices de mercado, condições socioeconómicas e tendências demográficas revelam uma mudança estrutural complexa e profunda nos vários mercados de habitação. Segundo Cristina Arouca, Diretora de Research & Consultoria da CBRE, "O mercado de arrendamento está a ganhar considerável relevância face à propriedade de um imóvel, devido a fatores como a acessibilidade e a flexibilidade, em particular para os mais jovens". "Este fenómeno aplica-se principalmente aos mercados das grandes cidades, onde existem mais oportunidades de emprego e qualidade de vida, que levam a fortes fluxos populacionais”, acrescenta em comunicado enviado ao IMOnews Portugal.

Apesar da contínua globalização do setor imobiliário e do aumento da interacção entre mercados imobiliários e de capital, os mercados são ainda dominados por caraterísticas nacionais e regionais O peso dos investidores institucionais e a dimensão do mercado de arrendamento privado, em oposição a um mercado ainda muito controlado pelo estado, variam consideravelmente entre os diferentes países analisados e têm uma influência significativa na disponibilidade de unidades residenciais.

Este estudo analisa as caraterísticas de 16 países, na sua maioria europeia, de acordo com a económica e demografia de cada um. Também são analisadas as caraterísticas da oferta habitacional, a estrutura de propriedade de um imóvel, a atividade de promoção imobiliária, o volume de transações e as tendências nacionais de arrendamento e preços de compra. São destacados os perfis dos países através de entrevistas com especialistas de mercado, que comentam temas atualmente relevantes no sector da habitação, as tendências da oferta, procura e preços e os mercados em crescimento.

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