19 dezembro 2016

Preços da habitação aumentaram 7,6% no terceiro trimestre, em termos homólogos


O Índice de Preços da Habitação (IPHab) registou um aumento de 7,6% no terceiro trimestre de 2016 face ao mesmo período do ano anterior. O elevado crescimento observado é explicado sobretudo pelo comportamento verificado nos preços dos alojamentos existentes (variações homólogas de 7,9%, 8,5% e 9,1% no primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2016, respetivamente).


Em relação ao trimestre anterior, o IPHab evidenciou um crescimento de 1,3% (3,1% no trimestre precedente). Neste período, os alojamentos existentes apresentaram um aumento dos preços de 1,7%, enquanto os alojamentos novos não foram além dos 0,3%.

No terceiro trimestre de 2016, o número de transações aumentou 15,8% face ao mesmo período do ano anterior, perfazendo um total de 31 535 transações. Em valor, as vendas de alojamentos superaram ligeiramente os 3,6 mil milhões de euros, dos quais 2,8 mil milhões respeitaram a alojamentos existentes.

Vendas de alojamentos

No terceiro trimestre de 2016 registaram-se 31.535 transações de alojamentos, verificando-se que a maioria, 26.341, respeitaram a alojamentos existentes. Pelo segundo trimestre consecutivo, o número de transações de alojamentos existentes atingiu os mais elevados registos da série disponível.

Entre julho e setembro de 2016, transacionaram-se mais 4.296 de alojamentos (15,8%) do que em idêntico período do ano anterior. As transações de alojamentos existentes continuaram a evidenciar um crescimento superior ao dos alojamentos novos (19,2% e 1,0%, respetivamente), situação que se verifica desde o terceiro trimestre de 2014.

Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2016, o número de vendas de alojamentos apresentou uma taxa de variação de -0,7% (7,8% e -1,2%, no segundo e primeiro trimestres de 2016, pela mesma ordem). Neste período, enquanto os alojamentos existentes registaram um aumento residual nas transações de 0,05%, as vendas de alojamentos novos reduziram-se em 4,5%.

No terceiro trimestre de 2016, o valor dos alojamentos transacionados excedeu ligeiramente os 3,6 mil milhões de euros, traduzindo-se num aumento, em termos homólogos, de 17,6%. Por comparação com o trimestre anterior observou-se uma redução de 100 milhões de euros (-2,7%) no valor total das vendas de alojamentos familiares.

O segmento dos alojamentos existentes continuou a ser o único impulsionador do crescimento do valor das transações (taxas de variação, em termos homólogos, de 25,5% e -4,3% para alojamentos existentes e novos, respetivamente). 

Análise por região

Entre julho e setembro de 2016, a Área Metropolitana de Lisboa, pelo terceiro trimestre consecutivo, superou a barreira das 10 000 transações de alojamentos (10.756), situação apenas verificada, na série disponível, para o período entre o terceiro trimestre de 2009 e o terceiro trimestre de 2010. A região Norte, com um total de 9.518 vendas de alojamentos, atingiu o mais elevado registo de transações verificado desde o quarto trimestre de 2010. O desempenho das regiões anteriormente mencionadas levou a um acréscimo das respetivas quotas percentuais do número de transações em 1 p.p. e 0,6 p.p., para a Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte, pela mesma ordem.

A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 47,4% do valor total dos alojamentos transacionados, o que representa o mais elevado peso relativo desta região na série disponível. Tal como a Área Metropolitana de Lisboa (+1,9 p.p.), as regiões Norte (+0,9 p.p.), a Região Autónoma dos Açores (+0,3 p.p.) e a Região Autónoma da Madeira (+0,1 p.p.) foram aquelas que apresentaram um acréscimo nas suas quotas percentuais do valor das transações de alojamentos em termos homólogos.

No terceiro trimestre de 2016, a Região Autónoma dos Açores, tal como sucedeu nos dois trimestres anteriores, voltou a ser a região do país onde o aumento, em termos homólogos, do número de vendas de alojamentos familiares foi o mais expressivo (36,4%). A Área Metropolitana de Lisboa (19,6%), a região Norte (18,1%) e a Região Autónoma da Madeira (17,8%), esta última com uma aceleração face ao trimestre anterior (9%), foram as demais regiões com um ritmo de crescimento superior à média nacional (15,8%).

No período em análise, de entre as regiões nacionais, o Algarve, foi a única NUTS II a contrariar a dinâmica de crescimento do indicador de vendas de alojamentos, tendo registado uma redução de 0,4% no número e de 5,1% no valor. O Alentejo e o Centro, com taxas de variação de 7,0% e 14,5%, respetivamente, cotaram-se como as regiões nacionais com os mais baixos ritmos de crescimento do valor das vendas de alojamentos.

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