07 janeiro 2017

Condóminos mais recetivos em alargar as coberturas e não ficarem apenas pelo seguro obrigatório de incêndio


A habitação é um dos bens mais valorizados pelos portugueses, já que para a grande maioria representa o principal investimento de toda uma vida. Nesse sentido, é notável a maior preocupação dos condóminos e das administrações de condóminos em não contratar apenas o seguro obrigatório de incêndio, procurando sim uma oferta superior de coberturas através de seguros multirriscos de condomínio.



Na opinião de Nuno Ramos, diretor do ramo Não Vida da Generali, “a contratação de uma apólice Multirriscos-Condomínio para todo o edifício tem vantagens face à opção por apólices individuais para cada fração, quer ao nível de preço quer ao nível da facilidade e simplicidade que a apólice de condomínio proporciona para a resolução de sinistros, pois neste caso apenas é envolvida uma companhia de seguro”. Para além destes aspetos, é fundamental, considera Nuno Ramos, que o administrador do condomínio verifique que o capital seguro expresso na apólice está corretamente estabelecido, devendo ser igual ao custo de reconstrução do edifício, incluindo a totalidade das frações e respetivas partes comuns. 

Na opinião de Artur Lucas, diretor de marketing e comunicação da Zurich Portugal, “o seguro de Condomínio é um meio efi caz de proteção do património comum entre os proprietários das frações e deve obedecer a uma avaliação correta do imóvel, assim como dos riscos mais prementes para que o seguro possa corresponder ao que dele se espera”. 

Embora a lei apenas exija a cobertura do risco de incêndio, o facto é que o mercado oferece hoje coberturas mais completas através do seguro Multirriscos. Segundo o responsável da Zurich, “desejável seria que todas as frações pudessem estar seguras sob a mesma apólice, tendo em conta que seguros diferentes podem implicar exclusões diferentes, pelo que um olhar atento por parte dos condóminos e do administrador à lista de riscos cobertos e exclusões seja necessário e desejável, de modo a prevenir possíveis perdas”. 

Por outro lado, adverte, nos últimos anos assistimos a um aumento de fenómenos climáticos extremos, o que confere aos condóminos uma maior consciência dos riscos aos quais estão expostos. 

Seguro do recheio da casa 

Para Hugo Félix, da área de subscrição, da CA Seguros, “o seguro de Condomínio Multirrisco é encarado como uma forma de proteção de toda a coletividade formada pelos condóminos, bem como de proteção do património pessoal na medida em que segura as paredes de cada condómino”. 

Contudo, adverte, o seguro de Condomínio não segura o recheio de cada uma das frações dos condóminos, para isso é necessário contratar uma apólice de Multirriscos Habitação”. 

Na sua opinião, é também importante referir que é obrigação legal que todos os condóminos tenham seguro de incêndio para paredes. A maioria das soluções de seguro de Condomínio existentes no mercado apresenta a opção Multirriscos. 

Para o diretor de marketing da Fidelidade, Sérgio Carvalho, nas situações em que se trate de um edifício constituído em propriedade horizontal, poderá existir uma preocupação com o tipo de seguro e da sua abrangência. “Caso a maior preocupação seja a obrigatoriedade legal, o que é exigido é apenas um seguro de incêndio, caso contrário, se existir outro tipo de preocupação, poderá contratar-se um seguro Multirriscos Condomínio, onde constam diversas coberturas a pensar na proteção do património de cada condómino, bem como do próprio condomínio”. Na sua opinião, o seguro de incêndio cumpre a obrigatoriedade, mas parece-nos um pouco redutor, pois apenas cobre os riscos de incêndio e existem muitos outros eventos que podem ocorrer e provocar danos que interessa salvaguardar, sobretudo porque estamos a falar de uma propriedade horizontal (danos, como exemplo, por água, responsabilidade civil, tempestades, inundações). Este seguro, acrescenta, abrange as frações seguras, bem como as partes comuns do edifício e se algo acontecer em qualquer uma destas partes tudo é simplificado, pois é resolvido ao abrigo da mesma apólice por um interveniente”. Na opinião da Fidelidade, este seguro deverá ser encarado como uma proteção do património pessoal, ou seja, de cada fração, bem como do património da coletividade formada pelos condóminos, considerando as partes comuns do edifício, assim como os bens pertença do condomínio.

Seguro Condomínio Multirrisco
O Seguro do Condomínio tem uma importância social e económica, contribuindo para eliminar a ansiedade decorrente da insegurança face às incertezas do futuro, diminuindo, desta forma, o risco de perdas patrimoniais a que se está sujeito. São muitas as causas que podem conduzir a um acontecimento desagradável: incêndio, explosão, tempestade, inundação. Estas e muitas outras ocorrências poderão atingir a casa, causando danos muito elevados. Contratar um seguro para o imóvel com as coberturas essenciais é, por isso, uma das soluções para evitar desagradáveis surpresas. Antes de mais, no momento da subscrição, é necessário assegurar o valor correto do imóvel, ou seja, a apólice deve garantir o valor necessário à reconstrução do imóvel. Se tiver dúvidas no valor a segurar, pode solicitar uma avaliação a uma entidade ou técnicos credenciados. 

Fonte: caderno Seguros do jornal VidaEconómica de 6 de janeiro de 2017

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