06 janeiro 2017

Tranquilidade fecha venda de 86 imóveis até Março


A parceria entre a Anchorage e a Norfin é a melhor posicionada para a compra do portefólio imobiliário da seguradora Tranquilidade, que inclui a sede. Março é apontado como o limite para o fecho do negócio. A seguradora Tranquilidade está prestes a fechar a venda de 86 imóveis ao consórcio formado pela Anchorage Capital Group e Norfin, apurou o Negócios.


A operação deverá ser fechada até ao final de Março, estando em causa um pacote de activos avaliados em 140 milhões de euros. A Apollo, dona da Tranquilidade, colocou os mesmos no mercado em Março de 2016.

Em Julho eram três as candidatas mais fortes. A Orion Capital Managers e a Aerium foram ultrapassadas pelo consórcio luso-americano entre a Anchorage Capital Group, casa de investimento sediada em Nova Iorque, e a gestora imobiliária portuguesa Norfin.

Segundo informações do seu site oficial, a Norfin gere aproximadamente 1.200 milhões de euros de activos imobiliários. A título de exemplo, conta-se no seu portefólio a gestão do Campus de Justiça de Lisboa, activo que acabou por ser alienado o ano passado pela Caixa Geral de Depósitos por mais de 200 milhões de euros.

Francisco Horta e Costa, presidente da consultora imobiliária CBRE, que está a assessorar este negócio, confirmou que a alienação do portefólio da Tranquilidade se encontra no conjunto de operações avaliadas em 450 milhões que a sua empresa pretende concluir até ao final do primeiro trimestre.

O que vende a Tranquilidade?

Dos 86 imóveis, cerca de 80% encontram-se localizados em Lisboa e no Porto. No lote inclui-se a sede da seguradora na Avenida da Liberdade, local onde se encontra instalada desde 1986.

A sede e as agências incluídas no portefólio verão os seus escritórios absorvidos neste negócio, passando a inquilinos através da assinatura de um contrato de arrendamento.

No lote contam-se também 17 edifícios para reabilitação, que terão como destino mais provável a conversão em habitação de luxo, segmento que tem vindo a registar um desempenho atractivo para os investidores em Portugal.

A Tranquilidade fazia parte do Grupo Espírito Santo. Com o colapso do mesmo no Verão de 2014, e após a resolução do Banco de Portugal, a seguradora acabaria por ser integrada no Novo Banco a título de penhor.

Foi precisamente o Novo Banco, à altura liderado por Eduardo Stock da Cunha, quem vendeu a seguradora ao fundo americano Apollo por 40 milhões de euros. A este valor acrescem 150 milhões para a sua capitalização.

Fonte: Negócios

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