08 janeiro 2017

Seguro Multirriscos Habitação. A importância de identificar os riscos e de descrever e valorizar os bens a segurar


A casa é o ativo mais valioso para a maioria das famílias, pelo que é necessário garantir a sua segurança. Assim, é fundamental a contratação de um seguro multirriscos que incida sobre os principais riscos de cada habitação, evitando surpresas desagradáveis e custos avultados para as famílias em caso de sinistro. Antes de mais, no momento da subscrição, é necessário assegurar o valor correto do imóvel, ou seja, a apólice deve garantir o valor necessário à reconstrução do imóvel. Na maioria dos casos, o valor do empréstimo à habitação é inferior ao valor de mercado da habitação e ao montante necessário para reconstruir o imóvel. Se tiver dúvidas no valor a segurar, pode solicitar uma avaliação a uma entidade ou técnicos credenciados.


Antes de se fazer um seguro de proteção ao lar, deve ser feita uma análise dos verdadeiros riscos a segurar, ponderando entre as ofertas disponíveis no mercado a que melhor serve as necessidades de cada um, equilibrando o binómio custo-benefício, ou seja, nível de proteção e custo associado. “A oferta existente no mercado não é toda igual e o aconselhamento de um mediador profissional ajuda a compreender o que melhor se ajusta à situação, seja na informação dos limites de indemnização, franquias aplicáveis a diferentes coberturas, âmbitos e exclusões das mesmas e, ainda, sobre o leque de coberturas base e complementares”, alerta Artur Lucas, diretor de marketing e comunicação da Zurich Portugal. 

É que, na sua opinião, “tão importante quanto identificar os riscos a segurar é a descrição e valorização adequadas dos bens a segurar, bem como uma clara informação sobre os dados do risco, designadamente o risco de segurar por valor inferior ao real, o que muitas vezes causa uma regularização abaixo das expectativas. É importante recordar que cabe ao cliente rever as apólices quer no que diz respeito aos capitais, quer no que concerne à inclusão/exclusão de bens”. 

Tiago Ribeiro Corrêa, diretor da Área de Subscrição da CA Seguros, considera que um dos aspetos mais importantes é conhecer o estado em que se encontra o risco a segurar. Por norma, os riscos mais antigos e que não sofreram qualquer tipo de obras de manutenção ou de beneficiação na instalação elétrica, na canalização e na cobertura, são mais propensos a terem sinistros de maior severidade. 

“Outro aspeto igualmente muito importante é saber se o imóvel é habitado permanentemente, pois devido à elevada probabilidade de existirem assaltos quando o mesmo não é habitado com regularidade, tal facto pode constituir um risco agravado. Por último, é muito importante garantirmos que o capital seguro corresponde ao valor de reconstrução do mesmo, pois só assim o seguro está efetivamente bem transferido e, dessa forma, se evita que haja proporcionalidade (regra proporcional) no pagamento de um eventual sinistro. 

Garantir a segurança da casa

A casa é o ativo mais valioso para a maioria das famílias, pelo que é necessário garantir a sua segurança. Assim, é fundamental a contratação de um seguro multirriscos que incida sobre os principais riscos de cada habitação, evitando surpresas desagradáveis e custos avultados para as famílias em caso de sinistros. “Antes de mais, no momento da subscrição é necessário assegurar o valor correto do imóvel, ou seja, a apólice deve garantir o valor necessário à reconstrução do imóvel. Na maioria dos casos, o valor do empréstimo habitação é inferior ao valor de mercado da habitação e ao montante necessário para reconstruir o imóvel. Se tiver dúvidas no valor a segurar, pode solicitar uma avaliação a uma entidade ou técnicos credenciados”, destaca Ana Cardoso, diretora da MDS Affinity. 

Acrescenta que, depois, para evitar sobressaltos, deve segurar também o recheio da casa, onde se incluem os eletrodomésticos e equipamentos eletrónicos, mas também o vestuário, o calçado, sem esquecer os bens mais valiosos, como quadros, obras de arte, jóias ou peças de vestuário de luxo. 

Refira-se que o seguro multirriscos é habitualmente subscrito na instituição financeira onde é realizado o crédito à habitação e, com tanta papelada e burocracia, as pessoas nem têm noção do que o seguro está muitas vezes a cobrir apenas o edifício e esquecem-se de fazer a cobertura daquilo que está no seu interior, que são os bens pessoais das famílias. Estes bens devem ser segurados pelo seu valor em novo, de forma a garantir a sua substituição. Tanto o valor do recheio como do edifício devem ser atualizados regularmente e sempre que se verificar uma alteração relevante dos mesmos. Por fim, é importante analisar e comparar as franquias de cada cobertura. 

Ana Cardoso destaca, ainda, o facto de nem sempre o seguro mais barato ser o melhor, “pois um prémio baixo pode signifi car franquias mais elevadas que, numa situação de sinistro, obriga o cliente a suportar um valor mais elevado e que, em sinistros graves, pode signifi car um problema acrescido. Desta forma, às vezes é preferível pagar um pouco mais pelo seu seguro multirriscos, mas ficar descansado que, em caso de sinistro, a seguradora suportará todos os custos ou, pelo menos, grande parte deles”. 

De acordo com fonte da Tranquilidade, “antes de mais o cliente deve avaliar com que objetivo está a fazer o seguro e ver as ofertas específicas para proprietários, com proteção do imóvel e do recheio, senhorios, com proteção do imóvel e do seu rendimento, inquilinos, com proteção do recheio e de danos provocados em bens do senhorio”. 

Para facilitar o processo de decisão, a Tranquilidade tem cinco opções à escolha: Light, que ao melhor preço garante uma proteção básica do património contra os grandes riscos; Essencial, já com coberturas adicionais, como os riscos elétricos; Valor, para uma maior proteção, com capitais mais elevados em coberturas como danos estéticos, pesquisa e reparação de avarias entre outras; Valor Mais, com capitais ainda mais elevados e com um serviço de assistência ainda mais alargado (informação sobre jardineiros, alarmes, piscinas, entre outros); Prestígio, dirigido a habitações de elevado valor e com um leque de coberturas muito alargado, incluindo a proteção de objetos de valor ou classificados como “fine art” (caso de jóias, quadros e antiguidades).

Os aspetos que não deve descurar

Há vários aspetos a ter em conta na subscrição de um seguro multirriscos habitação. Um aspeto importante, e que suscita algumas dúvidas, é o valor a segurar. Ao subscrever um seguro de paredes, por exemplo, seguro que garante a estrutura da casa, o valor seguro corresponde ao valor de reconstrução do imóvel e não ao valor patrimonial, como muitas vezes se pensa. 

De acordo com Sérgio Carvalho, diretor de marketing produtos e canais, a Fidelidade disponibiliza ferramentas que ajudam o cliente a apurar, mediante algumas variáveis, o valor correto a segurar. “Algumas destas variáveis, e que são igualmente relevantes, dizem respeito às características básicas do imóvel, tais como a área, o ano de construção/reconstrução, o tipo de materiais utilizados na construção ou a localização do imóvel”, destaca. 

Por outro lado, acrescenta, “há que ter em conta o tipo de seguro que se pretende e qual o nível de abrangência do mesmo. É possível segurar apenas as paredes, como já referi anteriormente, ou o recheio da casa, seguro de conteúdo”. Neste último caso, mais uma vez, o valor a segurar é um facto a que chama especial atenção. O cliente deve ter a noção do valor dos bens que pretende segurar e que se traduz no valor estimado para a reposição dos mesmos. É igualmente importante ter em conta a existência de alguns bens, ditos bens especiais, tais como joias, obras de arte ou peças de coleção, entre outros, que, a partir de determinado valor, devem ser devidamente discriminados. 

O responsável da Fidelidade destaca que “há vários fatores que podem influenciar a escolha do cliente em relação à oferta mais adequada, às suas necessidades de proteção, e ao tipo de seguro que pretende”. Desde o preço ao nível de abrangência da proteção, que pode ser construído através dos planos e de coberturas adicionais, até ao tipo de bens a segurar, quer sejam o recheio, as paredes, ou até veículos em garagem”. 

Acrescenta que “não posso deixar de referir a veracidade e a precisão dos dados fornecidos, uma vez que, como já referimos, são essenciais para o cálculo correto do prémio do seguro e para que, em caso de sinistro, não existam situações que possam suscitar alguma dúvida”. 

Sofia Tomás, responsável do segmento Mass Market da Ageas Seguros, destaca o facto de o seguro multirriscos habitaçã incluir o seguro de incêndio (seguro obrigatório em edifícios em regime de propriedade horizontal), mas também outras coberturas facultativas. Entre as quais coberturas de edifício e de recheio. 

“Como o nome indica, as primeiras servem para salvaguardar o cliente de danos no imóvel ou paredes e as segundas dos danos no conteúdo, ou seja, os objetos que tem em casa. Cada cliente deve procurar adequar o seguro de habitação às suas necessidades de proteção, exigências bancárias, em caso de financiamento, e capacidade de transferência de risco. Informar-se sobre os riscos cobertos, mas também sobre as suas exclusões e franquias é fundamental para uma escolha consciente”. 

Destaca, ainda, que a Ageas tem uma oferta segmentada por cliente que procura dar resposta a diferentes necessidades, disponibilizando produtos com e sem franquias.

Fonte: Vida Económica

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