05 novembro 2017

Residências para estudantes: um investimento rentável


Ainda que numa fase pouco madura, o sector de residências de estudantes em Portugal começa a atrair a atenção de investidores internacionais. A Uniplaces - Plataforma Online de Alojamentos para Estudantes e a consultora imobiliária Worx juntaram-se para o desenvolver um estudo sobre o mercado das residências universitárias: “Estudo das Residências de Estudantes 2017”. Só no ano 2015/16 foram 33.097 estudantes internacionais que vieram a Portugal para frequentar os cursos no ensino superior.



E o relatório revela que, atualmente, a procura é superior à oferta, sendo que "o aumento é devido à maior visibilidade de Portugal no mercado turístico aliado à estratégia nacional de atração de estudantes internacionais", constituindo uma oportunidade para novos investimentos.


Este mercado assegura ainda "incentivos à reabilitação urbana, a equação equilibrada custo/qualidade de vida, segurança e as boas condições climáticas de Portugal assumem-se como fatores fundamentais que estão na génese da aposta de criação de novos espaços de alojamento".

No entanto, o estudo alerta ainda para pontos menos benéficos e que devem ser analisados com atenção, como a escassa oferta imobiliária, a reduzida dimensão do mercado nacional e a competição por parte do arrendamento tradicional, não profissionalizado paralelo.

Segundo o departamento de Research & Consulting da Worx, "este é um mercado que mesmo não estando ainda consolidado no nosso país, encontra-se em plena expansão. O futuro passará por contornar os obstáculos existentes, para que este segmento de mercado tenha hipótese de crescer de forma sólida, organizada, profissional e consequentemente, proporcionar melhores condições aos estudantes influenciando também a imagem e reputação do nosso país".

A Uniplaces conclui que "o produto imobiliário para estudantes, em Portugal, conta com uma elevada margem de crescimento. Isto deve-se ao crescimento da população estudantil internacional, em mobilidade, associada a uma escassez da oferta de imobiliário. A disponibilização de mais opções e opções acessíveis em termos de preço deve ser vista como uma prioridade para o nosso país", como se pode ler no relatório.

Até um passado muito recente, o investimento nesta categoria de ativo imobiliário era apenas encabeçado pelas próprias universidades. Exemplo disso é a aposta da Universidade de Lisboa numa nova residência de estudantes localizada na zona do Alto da Ajuda e que irá apoiar as 3 faculdades que detém nesta zona da cidade.

"Atualmente, o panorama começa lentamente a mudar e assistimos à entrada de novos operadores no mercado. Em 2016, foi registada uma transação de investimento por parte da Temprano Capital Partners, com objetivo de reabilitar um edifício com 10.000 m2 para residências de estudantes com aproximadamente 330 estúdios, em Lisboa. Já em 2017, o novo player de mercado 68 Studentville, conta ter cerca de 100 quartos na cidade de Lisboa, distribuídos por um total de 3 edifícios, numa aposta em residências premium. Também a University Hub já manifestou os seus planos de expandir a sua rede de residências universitárias no prazo de 3 anos, num investimento avaliado em cerca de 20 milhões de euros. De origem alemã, a MPC Capital quer investir 50 a 100 milhões de euros para estabelecer-se no mercado de residências universitárias em Portugal. Já o Grupo Árabe MEFIC Capital e a britânica Round Hill Capital, querem dar o pontapé de partida num investimento de 100 milhões que compreende um projeto de reabilitação urbana que contempla a construção residencial com capacidade para 1.200 estudantes", avança o relatório.

Lisboa como seria de esperar é a cidade que tem maior número de residências tanto públicas como privadas. No ano 2016 foram identificadas 106 unidades privadas e 29 públicas. Já na cidade do Porto foram identificadas um total de 29 residências, com uma distribuição uniforme no que toca ao tipo de promotor (15 residências privadas e 14 residências públicas), e denota-se uma predominância da oferta junto dos polos universitários assim como nas zonas ribeirinhas e centrais da cidade.

No mapa da cidade de Lisboa, é possível verificar as zonas da cidade com maior concentração de oferta de alojamento, nomeadamente na zona central e ribeirinha da cidade – Estefânia, Saldanha, Avenidas Novas e zona ribeirinha de Santos.


Fonte: Uniplaces / Worx

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