O presidente da APEMIP sublinha, além da vontade natural em serem proprietários, a opção pela compra é empurrada pelas rendas elevadas.
As pessoas sofrem da “ilusão da hipoteca”, ou seja, perante um valor de renda e de mensalidade de empréstimo idênticos optam pela compra?
É precisamente isso que acontece. Perante valores idênticos, optam pela compra porque pensam também que o ativo vai ser seu.
É uma ilusão porque a mensalidade pode “esconder” que se está a fazer um mau negócio?
Sim e também porque sabemos – a crise mostrou isso de forma muito clara – que se não tivermos dinheiro para pagar o empréstimo, ficamos sem o ativo e sem a casa para morar. A consequência é a mesma de não ter dinheiro para a renda.
O que é necessário para o arrendamento “vencer” a compra?
Para ser apelativo, o valor da renda teria de ser cerca de 30% mais baixo do que o da mensalidade. Quando os valores são iguais, as pessoas preferem comprar. Sobretudo os portugueses que têm esta vontade natural de serem proprietários.
A subida do valor das rendas, a falta de casas para arrendar e as taxas de juro baixas acabam por ir ao encontro dessa vontade…
Neste momento começa a ser mais fácil comprar do que arrendar porque o valor das rendas é superior ao das prestações. Há falta de ativos (imóveis) e o mercado não vai conseguir resolver este problema. Terá de haver políticas públicas para incentivar a disponibilização de casas.
Fonte: Dinheiro Vivo
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