30 abril 2018

Habitação: maioria dos senhorios prefere contratos de arrendamento só de um ano


Desde 2011, ano em que entrou em vigor o programa de assistência financeira da troika, o valor médio das rendas já subiu 36%. Numa altura em que a cláusula “renovável por igual período” cai em desuso, uma vez que mais de metade dos contratos de arrendamento já são de apenas um ano, os senhorios procuram ter a liberdade de escolher os inquilinos ou de subir rendas.

O mercado imobiliário ainda vive um boom nos preços das rendas de habitação e muitos proprietários de casas já só fazem contratos de curta duração, colocando cada vez mais inquilinos em estado “precário”, na cidade de Lisboa.

O DN refere que em 2017 foram celebrados 84.383 contratos de arrendamento e estima-se que mais de metade sejam arrendamentos por 12 meses. O presidente da Associação de inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, afirmou ao diário da Global Media que atualmente “há mais de 500 mil inquilinos precários”.

A situação está a agudizar-se não só em Lisboa, mas também nas cidades do Porto e Braga, onde há cada vez mais famílias confrontadas com valores de rendas que superam, em muito, o seu poder de compra. Há já quem tenha recibo ordem de saída para dar lugar a outro inquilino, disposto a pagar mais.

De acordo com o índice Confidencial Imobiliário, citado pelo DN, em Lisboa as rendas estão a registar aumentos trimestrais homólogos de dois dígitos desde 2016. Desde 2011, ano em que entrou em vigor o programa de assistência financeira da troika, o valor médio das rendas já subiu 36%.

Fonte: Jornal Económico

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.