21 abril 2018

“Não nos parece que exista uma bolha imobiliária em Portugal neste momento”


Alemã Engel & Völkers passa a ter uma gestão centralizada na Península Ibérica. Um dos objetivos é crescer em Portugal,que atrai cada vez mais clientes internacionais, diz Constanza Maya. A espanhola Constanza Maya é Head of Expansion and Support da imobiliária alemã Engel & Völkers para os mercados de Espanha, Portugal e Andorra. A firma quer expandir-se no mercado português, apostando sobretudo nos distritos de Lisboa, Porto e Faro. Constanza Maya levanta uma ponta do véu da estratégia da firma para o mercado português e defende que não existe, para já o risco de uma bolha imobiliária em Portugal. A subida dos preços deve-se sobretudo a uma maior facilidade na concessão de crédito, acrescenta.


A Engel & Völkers na Península Ibérica vai passar a ter uma gestão centralizada a partir de Barcelona. Qual é o objetivo deste passo?
O objetivo é ter uma gestão mais próxima do mercado que estamos a trabalhar. É uma grande mudança, uma vez que, até há relativamente pouco tempo, a gestão era centralizada na Alemanha. É uma mudança de estratégia que mostra a relevância do mercado ibérico para a Engel & Völkers.

Em Portugal, qual é a estratégia? Vão apostar em mais franchisados e em mais agências? 
Portugal ganhou uma importância significativa na estratégia da Engel & Völkers e, como tal, vamos fazer uma grande aposta no mercado a partir deste ano. Quanto aos passos que vamos dar, encontramo-nos a finalizar uma série de processos para que possamos revelar em breve o nosso novo e competitivo posicionamento no mercado português. 

O que distingue uma franquia da E&V das dos principais concorrentes?
Quanto ao que distingue a Engel & Völkers dos seus concorrentes são, sobretudo, dois fatores. Por um lado, a qualidade, experiência e competência dos nossos profissionais. A Engel & Völkers tem uma política de contratação muito exigente o que significa que connosco trabalham os melhores agentes do mercado.
Em segundo lugar, a nossa rede internacional. Fundada em 1977, estamos presentes em mais de 30 países espalhados por quatro continentes, o que permite o acesso a potenciais compradores, à escala global e um elevado conhecimento do mercado imobiliário.

O que leva a esta aposta do grupo em Portugal?
O mercado português evoluiu bastante e identificamos uma série de oportunidades muito interessantes, especialmente junto dos nossos clientes e investidores internacionais. 

Em que regiões do pais e em que segmentos do mercado pretendem focar-se?
O nosso foco centra-se principalmente nas regiões de Lisboa, Porto e Algarve, estando sempre disponíveis para avaliar oportunidades que surjam fora destas áreas, mas sempre direcionadas para o mercado residencial. 

Quais as expetativas para o mercado português? Consideram que existe o risco de urna "bolha" no imobiliário?

Temos a expectativa, como noutros mercados em que estamos presentes, de ser muito bem sucedido em Portugal, principalmente pelo interesse que gera junto dos nossos clientes e investidores internacionais. A Engel & Völkers sempre desenvolveu os seus negócios procurando as melhores propriedades do mercado para clientes com uma elevada exigência de qualidade e que valorizam imenso os seus ativos. Quanto à existência ou não de uma bolha, essa é uma questão que não está diretamente ligada ao volume ou ao valor de vendas dos imóveis, mas antes às condições e volumes de créditos concedidos pelo sistema financeiro. Nesta perspetiva, e considerando o ciclo económico de crescimento que vários mercados atravessam não nos parece que, pelo menos nesta fase, existe o risco de uma bolha imobiliária.


Entrevista ao Jornal Económico, concedida por email, de Constanza Maya, Head of Expansion and Support da Engel & Völkers na Península Ibérica

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