Por Ana Vidal Andujar *
O termo "sustentabilidade" tem ganho amplitude nos últimos anos. Uma dimensão crescente que está cada vez mais percetível ao nível das cidades. Hoje é impensável conceber um projeto urbano sem sete pilares, todos eles sustentáveis: energia, água, reciclagem e valorização, construção, mobilidade, biodiversidade e serviços.
A pensar nesta realidade, a Bouygues desenvolveu em França o conceito de UrbanEra, que pode ser definido como um compromisso de honra, uma estrutura de apoio à comunidade, que visa criar uma nova geração de bairros sustentáveis. Aglomerados com uma abordagem inovadora em cada área, onde a componente humana está presente por via do envolvimento dos moradores. Ao abranger todos os atores que coabitam num mesmo espaço, este conceito de eco-bairro vem ao encontro de outros objetivos mais latos. Em primeiro lugar, e ao ser operador urbano, está ao lado das autoridades locais, ao mesmo tempo responde ao desafio que as cidades enfrentam atualmente: até 2050 cerca de 70% da população vive em cidades - uma realidade que agrega consigo desafios ambientais, económicos e sociais.
Com os ensinamentos colhidos com a aposta no Green Office - o primeiro edifício de escritórios totalmente sustentável - a serem "repassados" para o conceito de bairro sustentável, tudo começa com um diagnóstico inicial à gestão operacional do bairro através de uma ampla participação dos habitantes. Um dos primeiros projetos de referência é o IssyGrid em Issy-les-Moulineaux, primeiro HQE eco-bairro nos arredores de Paris, onde os sete pilares do eco-bairro estão mais presentes do que nunca.
Aqui, a Bouygues aliou-se a oito grandes players industriais - Alstom, Bouygues Telecom, Feder, ETDE, Microsoft, Schneider Electric, Steria e Total - e criou, em parceria com o município de Issy-les-Moulineaux, o primeiro distrito SmartGrid. Apelidada de IssyGrid, esta rede visa garantir a otimização de energia no nível de bairro e será a primeira implementada na área empresarial de Sena Ocidente (uma área com 150 mil m2 e 10 mil habitantes) e de seguida estendida para área residencial.
Otimização e controle de energia; recuperação do ciclo da água; reciclagem de resíduos; otimização de transporte e de mobilidade. Tudo isto está sistematizado e pronto para assegurar uma gestão e medição de desempenho. Uma realidade que assegura uma gestão urbana a longo prazo, feita num bairro sustentável, orientado para a energia positiva.
* diretora-geral Península Ibérica Bouygues Imobiliária
Fonte: OJE
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