18 junho 2012
Algarve ainda é bom negócio
As vendas de imobiliário de luxo e turístico na região algarvia não diminuíram, e a quebra da construção já está a provocar alguma escassez em determinadas zonas.
Mesmo perante a adversidade, a região do Algarve continua a merecer nota positiva no imobiliário, quer seja na habitação de luxo quer na turística. É inclusive aqui que encontramos as casas mais caras do país, acima dos três milhões de euros.
O metro quadrado é vendido em média por cinco mil euros, sobretudo no Triângulo Dourado formado por Vale do Lobo, Quinta do Lago e Almancil. Esta é zona de resorts mais cara de Portugal, segundo o último estudo Portugal: The Luxury Tourist Resort Property Market 2011, da Prime Yield e Fine & Country.
Contudo, há valores para todas as bolsas ‘recheadas’. De acordo com Reinaldo Teixeira, administrador da Garvetur, empresa especialista de imobiliário e turismo a actuar no Algarve, existem muitas ofertas na região. No que diz respeito a moradias, podem apresentar valores que vão dos 500 mil até aos 20 milhões de euros. Mas Reinaldo Teixeira aponta que a maior parte da oferta se situa entre os 500 mil e os 3 milhões de euros.
Falta de oferta em algumas zonas
Curiosamente, o responsável admite mesmo que, apesar da tão falada crise, o Algarve tem concretizado vendas e, «dado que a construção parou, a oferta actual, principalmente de imóveis novos, é muito inferior à existente em 2008. Com isso, em algumas áreas pontuais já se nota falta de oferta neste segmento». O administrador da Garvetur explica que, no geral, nos últimos cinco anos os preços em todas as categorias e tipologias não tiveram a valorização anual, que em média se situava em 10% nos anos anteriores. Reconhece que, actualmente, se conseguem alguns descontos agradáveis, mas que não irão durar por muito mais tempo.
Reinaldo Teixeira esclarece que cada vez mais os valores de remuneração das aplicações financeiras têm visto as taxas baixar, levando a que a procura no investimento imobiliário seja um veículo ideal para as poupanças. E há uma perspectiva de valorização significativa nos próximos anos, o que permite rentabilizar e poder utilizar. «Nos últimos anos temos sido surpreendidos com investidores de diferentes nacionalidades, que no passado visitavam o Algarve na qualidade de turistas e nunca com uma atitude de investidores, como actualmente se tem verificado», refere.
Na verdade, o Portugal: The Luxury Tourist Resort Property Market 2011 confirma que o mercado de imobiliário de resorts mantém-se com um nível de consolidação bastante importante. É visto pelos clientes e potenciais clientes deste tipo de imobiliário como um mercado com oportunidades de investimento seguras e que não sofreu depreciações de valor acentuadas.
Como se vende uma casa de sonho?
Especialista em imobiliário de luxo, Artur Simes, director do office de Vilamoura da Sotheby’s International Realty Portugal, explica como se vende uma casa de luxo no Algarve: «É um processo que tem em conta um conjunto de variáveis diversas, mas diria que implica uma forte aposta na elaboração criteriosa de um estudo de mercado e de um plano de marketing com capacidade para promover a comercialização do imóvel nas melhores condições de venda».
Artur Simes salienta que quem compra uma casa de sonho no Algarve procura soluções alternativas às grandes cidades. Na sua opinião, existe uma clara tendência para as pessoas dedicarem mais tempo ao lazer, por isso a crescente procura por soluções que promovam experiências de bem-estar e evasão.
Preferem também boas localizações (frente ao mar ou frente a um golfe). Privilegiam a privacidade e segurança. Valorizam a construção de qualidade e acabamentos de excepção. Optam por terrenos amplos e bem ajardinados e com espaços interiores e exteriores de entretenimento: piscina, sala cinema, sala jogos.
O responsável de Vilamoura da Sotheby’s revela que são os ingleses, os holandeses, os belgas, os franceses e os suíços quem mais procura o Algarve. Também têm exemplos do Norte da Europa como suecos, noruegueses e alemães. Mais recentemente verificou-se também o interesse de russos e, claro, de portugueses. «Na maioria dos casos são pessoas que conheceram o Algarve e ficaram com vontade de passar aqui mais tempo, em diferentes alturas do ano, e não só no Verão, para assim usufruirem das valias e do lifestyle desta região», conclui Artur Simes.
Fonte: SOL
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