«Relativamente às casas de luxo, tenho cinco vivendas com piscina e estão alugadas nas semanas todas da segunda quinzena de julho e no mês de agosto. E se tivesse mais casas deste tipo já as tinha alugado, porque neste segmento a crise não se nota», afirmou um empresário do ramo imobiliário.
Com casas para alugar nos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Tavira, o empresário disse que, apesar de ter este ano mais casas para alugar, a ocupação está significativamente mais abaixo do que a verificada no ano passado.
«Em 2011, tínhamos 22 casas para alugar e este ano temos 35. E estamos com 40% da ocupação na segunda quinzena de julho e durante o mês de agosto. No ano passado, por esta altura, já tínhamos 90 a 95% das casas alugadas para esse período», afirmou a fonte.
Famílias juntam-se para dividir custos das casas
Na origem desta quebra, segundo o empresário, está a perda dos subsídios de férias e de Natal, que levou muitas pessoas a tentar encontrar «soluções mais baratas» e mesmo «a juntarem-se com outras famílias para dividirem casa e despesas».
Os preços dos apartamentos alugados por este empresário podem ir, para um T1, dos 400/600 euros por semana até aos 1.000 euros por quinzena, consoante a localização da casa, enquanto um T2 pode custar entre os 750 e 1.600 euros por semana, informou.
O custo de um apartamento T3 pode começar nos 900/1.000 euros por semana e ir até 1.800/2.000 euros por quinzena.
José Coelho, empresário conhecido como Zé das Casas, que tem apartamentos para alugar nas zonas de Albufeira, Vilamoura, Vale do Lobo e Armação de Pera, disse à Lusa que este ano a procura na primeira quinzena de julho e no mês de junho foi «pouco significativa», mas está a registar uma «boa ocupação» na segunda metade de julho e no mês de agosto.
«Neste período alto até tenho uma boa ocupação e já tenho só algumas casas para alugar, mas sabemos que as coisas não estão bem economicamente e também nos temos adaptado, baixando preços», afirmou.
José Coelho exemplificou com um T2 em Vilamoura, que «era alugado em anos anteriores a 750 euros por semana e este ano está a ser arrendado por 600», inclusive com um desconto de 10% para a segunda semana, caso se opte pela quinzena.
«Eu acho que temos que nos adaptar e tenho sensibilizado os proprietários para isso. Mais vale baixar o preço e faturar do que não baixar e não faturar nada», considerou, frisando também que esta tendência se verifica nas gamas mais baixas, «porque as casas de luxo são sempre as primeiras a serem reservadas e vendidas».
Fonte: AF
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