21 agosto 2012

A evolução das rendas pagas entre 2000 e 2012

O IMOnews Portugal faz uma analise à evolução do gráfico dos valores médios das rendas pagas por multibanco cujos cálculos são da autoria do Dinheiro Vivo.


Analisando a evolução do gráfico, deparamos que o comportamento dos valores médios se mantiveram em crescente evolução até ao ano de 2009, atingindo o valor máximo de 1.104€ em Fevereiro de 2009.

A partir de 2009 as rendas começam a apresentar uma queda acentuada, devido à dificuldade de os bancos concederem acesso ao crédito para aquisição de habitação, resultante da crise do Subprime que se alastrou dos EUA para a Europa, e que originou uma crise financeira a nível internacional sem precedentes, o que obrigou os bancos centrais a injetar grandes quantias de dinheiro no mercado, ficando estes sem liquidez, e acabando por diminuir as possibilidades de oferta de crédito e o consequente aumento das taxas de juro. Sendo a economia de Portugal muito dependente de capitais alheios o mercado financeiro português acabou por sofrer esta crise de forma intensa a partir de 2009, o que levou a uma ligeira correção dos valores das rendas.

Com a chegada da crise da dívida soberana na Zona Euro, em 2010, à qual Portugal não ficou incólume, e ao complexo, adverso e exigente contexto macroeconómico em que passámos a viver desde então, assistimos a uma forte correção dos valores médios das rendas, levando para valores mínimos de 674€ em Julho de 2011 conforme se pode constatar no gráfico. Para este facto muito contribuíram as políticas e as fortes restrições económicas impostas pela Troika derivadas do resgate financeiro a Portugal, o abrandamento da nossa economia e o aumento do desemprego, que levou muitos investidores/proprietários a baixarem os valores das rendas e/ou a renegociarem os valores das mesmas.

Nota final
Com a entrada em vigor da nova lei das rendas, ainda em 2012, uma maior liberdade contratual poderá impulsionar os proprietários a arrendar os seus imóveis, embora o impacto não se venha a verificar ao nível da oferta mas antes ao nível da competitividade entre investidores/proprietários devido à redução do risco de arrendamento e da diminuição das yieds, taxa de capitalização aceitável para o investidor. Não quer isto dizer que se venha a verificar um aumento do valor médio das rendas, pois a última palavra é o mercado que a vai ditar, em função da oferta e da procura.

Fonte: IMOnews Portugal/Dinheiro Vivo

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