Em agosto, o cenário dos últimos meses voltou a repetir-se, com as taxas Euribor - principal indexante do empréstimo da casa - a renovarem mínimos históricos. Num crédito de 100 mil euros, a 30 anos, a descida da prestação vai ser de 36 euros.
Há mais de três semanas que as taxas Euribor registam um ciclo de descidas consecutivas. Os especialistas justificam a queda das taxas com a crescente expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE)vai novamente baixar a taxa de referência para a zona euro que se encontra nos 0,75% - o valor mais baixo de sempre. Embora não seja certo se o corte irá ser já anunciado na reunião de 6 de setembro, os economistas não têm dúvidas de que essa será uma das medidas a implementar em breve para dar novo ímpeto à economia.
Com as recentes quedas, e apesar do mês ainda não ter terminado, a média mensal de agosto da Euribor a três e a seis meses caíram para 0,345% e 0,622%, respetivamente. Desta forma, as famílias cuja revisão do empréstimo ocorra em setembro (e têm como referência para o cálculo o mês de agosto) vão voltar a sentir uma descida da prestação.
De acordo com os cálculos do Dinheiro Vivo, num empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1% e indexado à Euribor a seis meses - a taxa mais utilizada no crédito à habitação em Portugal -, a prestação da casa vai cair 36,10 euros, face à última revisão de fevereiro, ficando em 351 euros.
Já num empréstimo com as mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses a queda é de 16,34 euros para 337,73 euros. A descida é menos expressiva devido ao facto de os intervalos das revisões serem mais curtos e as famílias com Euribor a três meses sentirem mais rapidamente o efeito na prestação.
Queda mantém-se até dezembro
E as boas notícias não ficam por aqui. A expectativa dos economistas é de que a Euribor mantenha uma tendência de queda nos próximos tempos, não sendo de antever, num futuro próximo, uma inversão de tendência.
Isto significa que, à partida, as famílias com empréstimos à habitação não deverão sentir nenhuma subida repentina da prestação como aconteceu em 2008, altura em que as taxas atingiram máximos históricos, superando mesmo a fasquia dos 5%.
De acordo com os futuros da Euribor a três meses os juros deverão continuar a cair, pelo menos até ao final do ano. As expectativas do mercado apontam para que a Euribor a três meses se situe, em dezembro, nos 0,22%. Isto quando esta taxa a três meses está, atualmente, em 0,295%.Estes valores demonstram que o mercado acredita que o BCE vai descer os juros.
No entanto, o anúncio dessa medida apenas deverá ser feito quando a autoridade monetária tiver todas as medidas definidas de apoio e ajuda à zona euro. Entre essas medidas enquadra-se a mais aguardada: a compra de dívida soberana dos países com dificuldades de financiamento no mercado secundário. As notícias mais recentes davam conta de que a instituição liderada por Mario Draghi estaria a estudar um novo mecanismo de compra de dívida, que seria acionado quando os juros da dívida ou o prémio de risco alcançassem um determinado valor.
Fonte: Dinheiro Vivo
Há mais de três semanas que as taxas Euribor registam um ciclo de descidas consecutivas. Os especialistas justificam a queda das taxas com a crescente expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE)vai novamente baixar a taxa de referência para a zona euro que se encontra nos 0,75% - o valor mais baixo de sempre. Embora não seja certo se o corte irá ser já anunciado na reunião de 6 de setembro, os economistas não têm dúvidas de que essa será uma das medidas a implementar em breve para dar novo ímpeto à economia.
Com as recentes quedas, e apesar do mês ainda não ter terminado, a média mensal de agosto da Euribor a três e a seis meses caíram para 0,345% e 0,622%, respetivamente. Desta forma, as famílias cuja revisão do empréstimo ocorra em setembro (e têm como referência para o cálculo o mês de agosto) vão voltar a sentir uma descida da prestação.
De acordo com os cálculos do Dinheiro Vivo, num empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um spread de 1% e indexado à Euribor a seis meses - a taxa mais utilizada no crédito à habitação em Portugal -, a prestação da casa vai cair 36,10 euros, face à última revisão de fevereiro, ficando em 351 euros.
Já num empréstimo com as mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses a queda é de 16,34 euros para 337,73 euros. A descida é menos expressiva devido ao facto de os intervalos das revisões serem mais curtos e as famílias com Euribor a três meses sentirem mais rapidamente o efeito na prestação.
Queda mantém-se até dezembro
E as boas notícias não ficam por aqui. A expectativa dos economistas é de que a Euribor mantenha uma tendência de queda nos próximos tempos, não sendo de antever, num futuro próximo, uma inversão de tendência.
Isto significa que, à partida, as famílias com empréstimos à habitação não deverão sentir nenhuma subida repentina da prestação como aconteceu em 2008, altura em que as taxas atingiram máximos históricos, superando mesmo a fasquia dos 5%.
De acordo com os futuros da Euribor a três meses os juros deverão continuar a cair, pelo menos até ao final do ano. As expectativas do mercado apontam para que a Euribor a três meses se situe, em dezembro, nos 0,22%. Isto quando esta taxa a três meses está, atualmente, em 0,295%.Estes valores demonstram que o mercado acredita que o BCE vai descer os juros.
No entanto, o anúncio dessa medida apenas deverá ser feito quando a autoridade monetária tiver todas as medidas definidas de apoio e ajuda à zona euro. Entre essas medidas enquadra-se a mais aguardada: a compra de dívida soberana dos países com dificuldades de financiamento no mercado secundário. As notícias mais recentes davam conta de que a instituição liderada por Mario Draghi estaria a estudar um novo mecanismo de compra de dívida, que seria acionado quando os juros da dívida ou o prémio de risco alcançassem um determinado valor.
Fonte: Dinheiro Vivo
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