18 outubro 2012

Arrendar casa antes de comprar é opção para maioria dos bracarenses


Em Braga, 60% das pessoas casadas procuravam casa para arrendar antes de terem de optar pela compra, revelava um estudo de mercado, desenvolvida em 2011, por um grupo imobiliário local. Neste grupo, encontram-se os profissionais a trabalharem nesta zona, mas deslocados, os jovens universitários e algumas dezenas de investigadores de várias nacionalidades que, desde 2011, desenvolvem a sua atividade no Centro Ibérico de Nanotecnologia. A juntar a estes grupos, aparecem os casais de divorciados – que pese, embora, o facto de Braga ser a cidade com mais igrejas no país, por isso, de maior religiosidade – é também uma das zonas do país onde, nos últimos anos, tem havido mais separações entre casais.


Este facto, levou alguns promotores – entre eles o grupo Duarte – a promoverem o arrendamento, com opção de compra, por períodos de dois a cinco anos. Este tido de opções foi, em 2010 e 2011, uma solução para muitos casais, permitindo experimentar a casa nova, antes de a comprar, e evitar compromissos financeiros logo no início de vida profissional, numa altura, em que a crise económica apresentava os primeiros sintomas. Ao mesmo tempo permitia aos promotores ocupar os imóveis novos, mas devolutos, concretizando, com esta operação, a venda de algumas frações no final dos contratos de arrendamento.

Entre os que preferiam esta modalidade estão os jovens com menos de 35 anos, que representavam cerca de 70% da procura deste serviço na cidade de Braga.

Procura mantém-se em alta
De acordo com alguns mediadores locais, a procura de arrendamento mantém-se em alta na cidade de Braga. Sendo um concelho onde a oferta de habitação, nova e usada, é semelhante em percentagem, a ideia transmitida pelos profissionais é que, neste momento, a procura para arrendamento supera de longe as solicitações para a aquisição final.

Contudo, apesar de a procura ser grande, a concretização das operações de arrendamento são muito demoradas, tendo em conta os valores elevados pedidos pelas rendas e, especialmente, as limitações dos clientes em apresentarem comprovativos de uma situação financeira estável.

Atualmente, os mediadores a trabalhar o mercado de Braga não fazem os arrendamentos sem fiadores e, sem que, o cliente apresente garantias de que tem condições económicas para suportar os pagamentos de renda. Este facto inviabiliza a concretização de muitas operações de arrendamento, apesar haver muita oferta, especialmente, nos empreendimentos residenciais localizados nos arredores de Braga.

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliária, neste momento o número de fogos em oferta para arrendamento disponíveis no concelho ronda as 300 frações, sendo que a renda média mensal é de quatro euros o metro quadrado (m2), bastante inferior aos sete euros o m2, que constitui a média nacional.

São Vítor, uma das freguesias que constitui o centro urbano da cidade de Braga, apresenta uma oferta de 68 frações destinadas ao arrendamento.

Oferta nova atinge os 50%
No concelho de Braga o número de fogos atinge as 4.986 frações, sendo que 50% são novos. Uma situação bem diferente de outros concelhos urbanos em que o imobiliário usado tem maior peso. Contudo, se considerarmos a freguesia urbana de São Vítor, verificamos que o peso dos fogos usados é muito superior. Dos cerca de 774 fogos para venda, 64,9% são usados.

Quando à estrutura da oferta nota-se que são as tipologias de maior dimensão, destinadas a famílias numerosas, que predominam neste concelho. Assim, verifica-se que os apartamentos T3 surgem em grande quantidade, com 34%, do total. Segue-se as T4 ou superior (23%), os apartamentos T2 (17%), as moradias T3 (12%) e os apartamentos T4 (12%). Os apartamentos T1 apresentam uma oferta reduzida de apenas 6%. Se analisarmos a situação da freguesia de São Vítor, de forma isolada, verificamos que os T3 (44%) e os T2 (24%) constituem a maioria da oferta residencial de fogos para venda.

De acordo com o Censos de 2011, feito pelo INE, a cidade de Braga foi a capital de distrito que ganhou mais habitantes, na última década. Enquanto, que o Porto foi a cidade que mais perdeu. O concelho de Braga tem atualmente 181.474 residentes.

Fonte: Público Imobiliário

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