Na véspera da apresentação do estudo sobre fiscalidade no imobiliário em Portugal, o presidente da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, antecipou o aumento "completamente insuportável": de 1.160 milhões de euros cobrados em 2011 para 2.100 milhões de euros no próximo ano.
"Se passarmos para 2.100 milhões de euros, as famílias portuguesas não aguentam, isto é completamente insuportável, é uma desgraça", defendeu à Lusa Luís Lima, em reação ao aumento do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), resultante da reavaliação do valor patrimonial dos imóveis e da eliminação da cláusula de salvaguarda.
Na inauguração do SIL 2012 - Salão Imobiliário de Portugal, em Lisboa, o presidente da APEMIP considerou que "se a cláusula de salvaguarda for interrompida de imediato, em vez de em 2015, como previsto, as famílias portuguesas não têm capacidade para pagar".
"Temos que nos lembrar que 74% dos portugueses são detentores de casa própria e mais de 50% dessas famílias já hoje têm dificuldades em assumir os seus compromissos", alertou, realçando que este aumento do IMI vai "levar à falência das famílias".
Com o novo aumento, acrescentou, "Portugal passa a ser o país da Europa onde o património mais é taxado", alertando para a consequente destruição do mercado de arrendamento. "Vai destruir completamente o mercado de arrendamento, porque não vejo nenhum investidor com uma taxa destas a investir no mercado de arrendamento", acrescentou.
Luís Lima alertou ainda para a falta de condições quer da Justiça quer "da máquina fiscal" para dar seguimento "à quantidade de processos", que irá resultar do incumprimento das famílias.
Fonte: OJE
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