07 novembro 2012

Imobiliário angolano com retorno de investimento muito atractivo


Os investimentos imobiliários em Angola, apesar da fase embrionária em que se encontram, estes apresentam "taxas bastante atractivas" no retorno de verbas, entre os 16% e 19% para o mercado de escritórios e 12% e 17% no residencial.

A conclusão consta de um estudo sobre o mercado imobiliário em Angola realizado pela Zenki Real Estate.


Segundo o documento, o mercado de investimento no sector continua numa fase embrionária devido a falhas na regulamentação do mercado de arrendamento e na titularidade dos imóveis, que ainda não foram resolvidas.

Todavia, devido à crescente procura por parte de grandes empresas petrolíferas, o mercado residencial tem vindo a ganhar uma posição forte, tornando-se muito atractivo para os investidores nacionais e privados.

"Angola é ainda um país com um risco elevado (investimento no sector imobiliário), que, associado ao perfil dos investidores nacionais, torna expectável a sustentação das yields (taxas de rendimento líquido) de mercado em níveis altos, durante os próximos anos", lê-se no documento da Zenki Real Estate, que integra a CBRE, a maior rede internacional de consultores de imobiliário, liderada pela Richard Ellis.

O documento adianta que actualmente a oferta de escritórios na cidade de Luanda é ainda incipiente face à procura, salientando que a taxa de ocupação nos edifícios recentemente concluídos estima-se nos 90%, situação que tem elevado os valores de arrendamento que se praticam em imóveis recentes.

Os preços de venda de área bruta (AB) de escritórios são em média de 6.600 euros o metro quadrado e os valores de arrendamento variam entre os 94 e 140 euros/mês o metro quadrado, na zona baixa da cidade, junto à baía de Luanda.

Para a zona alta da cidade, os valores de venda estão numa média de 5.850 euros por metro quadrado (AB), e para arrendamento os preços variam entre os 78 e os 94 euros/mês o metro quadrado.

O estudo revela que no segmento residencial a procura por fogos recentemente concluídos é "boa", especialmente por parte de empresas que requerem um elevado número de unidades para o alojamento dos seus quadros.

Relativamente aos preços praticados, na baixa de Luanda os preços de venda situam-se numa média de 7.000 euros o metro quadrado por AB e os valores de arrendamento oscilam entre os 66 e os 85 euros o metro quadrado/mês. Já na zona alta, os preços de venda reduzem para 5.460 euros o metro quadrado e os valores de arrendamento para um intervalo entre os 55 e os 66 euros/mês o metro quadrado.

A análise destaca que a oferta em Luanda é essencialmente caracterizada por fogos localizados em empreendimentos mistos de escritórios e habitação, que é dirigida ao segmento médio-alto e luxo.

Neste caso, o estudo salienta que "a compra de apartamentos novos e de qualidade, por parte da classe alta, tem vindo a abrandar devido à dimensão reduzida deste segmento".

Na vertente do comércio, o estudo identificou que a oferta varia entre empreendimentos recentes e varia entre a típica loja com frente para a rua em pisos térreos, as mais procuradas por instituições bancárias, agências de seguros e telecomunicações, às grandes galerias comerciais situadas nos embasamentos dos edifícios.

Essa procura, como descreve o documento, continua a ser maioritariamente efectuada por operadores locais ou de origem africana, sendo ainda reduzido o interesse de operadores internacionais, que no entanto poderá despertar-se com a conclusão de grandes superfícies comerciais em construção, sobretudo nas áreas de moda, acessórios e restauração.

As rendas de lojas de rua variam entre os 39 e 62 euros o metro quadrado/mês em espaços remodelados e os 78 e 101 euros em espaços situados em edifícios novos. Os valores de venda destes últimos situam-se entre os 4.680 e os 7.020 euros o metro quadrado.

Fonte: Lusa/SOL

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