16 novembro 2012

Refundir o sector da Construção e do Imobiliário


A Construção e o Imobiliário são atividades com forte capacidade de movimentar a maior parte das indústrias do nosso país, e, consequentemente, criar postos de trabalho e colmatar o défice de emprego que penaliza as famílias e tanto preocupa a classe política.

Ouvirmos falar de medidas que promovam as indústrias de novas tecnologias e maior competitividade, embora de forma vaga e com pouco conteúdo, é algo a que já estamos habituados e que muito nos satisfaz. Contudo, a atividade da construção e do imobiliário não tem sido objeto da atenção da classe política, senão quando a palavra reconstrução vem à baila em discursos de quem a acha essencial, mas não tem muita ideia do que efetivamente se trata nem como poderá acontecer.


Eram muitas as empresas que trabalhavam neste sector que entraram em falência ou encerraram por falta de meios, empurrando para o desemprego não só os que lá laboravam, como outros que não estando diretamente ligados, trabalhavam nas empresas que faziam parte do que habitualmente chamamos a fileira da construção.

Existe demasiada legislação neste sector, mas nunca houve a preocupação de avaliar o impacto económico e financeiro que da sua aplicação poderia resultar. E como consequência vivemos num dilema; os investidores não se sentem cativados para investir, os potenciais compradores não têm meios para usufruir do bem mais essencial para as suas famílias, “uma casa condigna para habitar”.

Se descermos à terra, facilmente deparamos com graves problemas sociais, com cidades que foram luminosas mas precisam urgentemente de cuidados para cativarem quem lá vive ou quem as visita, e que com algumas medidas concretas seria possível atingir o que tanto desejamos, potenciar a criação de emprego e tornar o sector da construção economicamente viável.

As associações cujas empresas associadas trabalham nesta área têm a noção das pequenas alterações que poderiam ser introduzidas, a fim de criar as sinergias necessárias de modo a inverter a situação.
Nas últimas décadas foram impostas políticas incorretas, que hoje demonstram como algumas práticas erradas podem degenerar em situações futuras de difícil solução.

Sem analisar o passado não podemos construir um futuro sustentável e justo.

A AICE - Associação dos Industriais da Construção de Edifícios está pronta para, com a experiencia de 40 anos que adquiriu com os seus associados, colaborar de uma forma transparente na construção de um futuro próspero para o Sector da Construção e do Imobiliário. Pertencemos a um Universo, e só juntos podemos ambicionar um Mundo melhor.

Por Teresa Ramos Pinto, Presidente da AICE

Fonte: Público

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