02 dezembro 2012

Grupo Pestana reduziu 13 pousadas desde que assumiu gestão da rede


Grupo Pestana faz hoje 40 anos
O Grupo Pestana reduziu 13 pousadas, entre as quais a de Alijó, e a Fortaleza de Beliche desde que assumiu a gestão da rede de Pousadas de Portugal, em 2003, disse à Lusa a diretora executiva da empresa.

Na segunda-feira passada, a Lusa noticiou que a Empresa Nacional de Turismo (ENATUR) colocou à venda o imóvel da Pousada Barão de Forrester, em Alijó, por um preço de referência de cerca de um milhão de euros.


Questionada pela Lusa sobre quantas pousadas foram desativadas desde que o Grupo Pestana Pousadas (GPP) assumiu a gestão da rede, a diretora executiva, Catarina Santos Amorim, disse que "nos termos previstos no contrato de cessão de exploração, até ao momento - e já incluindo o caso da Pousada de Alijó - foram reduzidas 13 pousadas e a Fortaleza do Beliche".

Além disso, "algumas das pousadas que deixaram de ser geridas pela GPP continuaram a ser exploradas como pousadas ao abrigo de contratos de 'franchising', situação que ainda neste momento se verifica no caso da Pousada do Marão".

A mesma fonte adiantou que "das 11 pousadas que deixaram de ser exploradas pela GPP por decisão desta empresa, sete delas encontram-se a funcionar sob outra tipologia e uma está em vias de reiniciar a sua atividade".

A diretora executiva apontou também que desde 2003 entraram novas pousadas na rede, num total de sete: Horta, Tavira, Estói. Angra do Heroísmo, Viseu, Porto e Cascais, "o que se traduziu no início de funcionamento de 451 unidades de alojamento".

Atualmente, está em "fase adiantada de execução a Pousada da Covilhã e em licenciamento o projeto da Pousada de Lisboa, as quais, em conjunto, agregarão à rede cerca de 180 novas unidades de alojamento".

Questionada sobre a razão da redução das pousadas, Catarina Santos Amorim disse que "a saída de duas das pousadas e da Fortaleza do Beliche ocorreu por razões administrativas e sem que a decisão tenha pertencido ao GPP".

Em relação às restantes, esta resultou de uma proposta do Grupo Pestana Pousadas e da aprovação da ENATUR devido à "sua exploração deficitária consecutiva, nos termos previstos no contrato de cessão de exploração (CEE)".

Catarina Santos Amorim explicou que desde o início as pousadas desativadas tinham uma "exploração estruturalmente negativa decorrente da diminuição da sua prestação hoteleira, tanto em matéria de alojamento como de restauração".

O GPP tentou dinamizar a atividade comercial e racionalizar a gestão, "tendo inclusivamente recorrido ao encerramento sazonal com vista à redução dos prejuízos no período anaul de menor atividade".

O grupo tentou em alguns casos uma maior articulação com as entidades locais, mas houve casos em que mesmo assim não foi possível ultrapassar a situação deficitária, disse.

No caso da Pousada de São Brás de Alportel, "a saída ocorreu por exploração negativa, mas motivada pela abertura da Pousada de Estói, localizada a cerca de 8 quilómetros de distância e com uma oferta muito melhor e muito maior".

Fonte: Dinheiro Vivo

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