30 janeiro 2013

Compra de casa de segunda habitação anima mercado na Figueira da Foz


A compra de uma casa de férias na Figueira da Foz foi durante décadas um dos projetos de vida de muitas famílias portuguesas e, apesar do ritmo das vendas ser agora mais lento, continua a ser o mercado mais interessante. Embora sem a expressão de outros tempos são, agora, os emigrantes – especialmente da Alemanha, Luxemburgo e França – e os estrangeiros, dos países Nórdicos, como a Noruega e a Islândia, e os vizinhos espanhóis, os melhores clientes na aquisição de casa de férias, mas, também, para colocarem no mercado do arrendamento sazonal.

“O mercado imobiliário na Figueira segue a tendência da falta de confiança que existe no país, agravado pelas mudanças na tributação, que leva a que a compra de uma segunda habitação seja adiada, à espera de ver como fica a situação do país. Mas, contudo, não está parado”, começa por dizer Ana Machado, gerente da Imoexpansão – Sociedade de Mediação Imobiliária que atua neste mercado há duas décadas.

Na sua opinião, a procura de casas, especialmente T2, com valores de venda baixos e de preferência mobiliados, continua a existir e são frações que se vendem com facilidade. Este tipo de apartamento destina-se, preferencialmente, ao mercado do arrendamento, sobretudo sazonal.

A necessidade de rentabilizar as casas que ficaram desocupadas – fruto do desemprego e consequente saída da cidade - levou muitas famílias a optarem pela sua transformação em unidades de alojamento local ou mesmo em hostels. Esta situação permite a renovação das casas, já que para cumprir o regulamento do alojamento local os proprietários têm de fazer um conjunto de adaptações, especialmente a nível da segurança do e do conforto do edifício. Simultaneamente permite aos proprietários continuarem a ter um espaço para fazerem as férias, especialmente na Páscoa e no Verão.

Na opinião de Ana Machado esta situação acontece também com as casas que são propriedade dos estrangeiros na Figueira da Foz. 

Muitos destes proprietários são técnicos que vieram dos países do Norte da Europa, para trabalhar nas várias empresas de celulose instaladas na Figueira da Foz e acabaram por comprar casa e radicar-se em Portugal. Esta situação é visível, por exemplo, numa zona conhecida ainda por bairro da Celbi, onde a maioria das casas forma construídas para os trabalhadores da empresa de celulose.

Oferta de fogos novos

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliária, perto de 60%, dos 4 mil fogos em venda no concelho da Figueira, são constituídos por casas novas. Na freguesia de Buarcos, que se encontra completamente absorvida pelo tecido urbano da Figueira da Foz, não deixando porém de manter as suas características particulares, nomeadamente ao nível da traça dos edifícios, onde predomina uma arquitetura tipicamente piscatória, a oferta de casas novas ultrapassa mesmo os 60%. Parte significativa das frações em oferta são apartamentos T2 (29%) e T3 (28%).

Se tivermos em conta o número de fogos transacionados no último ano verificamos que não ultrapassou os 525 em todo o concelho, sendo que o tempo médio de absorção é de 10 meses. Este facto leva a que a estimativa do tempo médio de escoamento da oferta atual seja de 14 anos.

Fonte: Público

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