06 janeiro 2013

Final do ano é isso mesmo; tempo de balanços e de projeção do futuro


Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário
A simbólica virada de ano no calendário gregoriano, é a ocasião apropriada para refletirmos sobre o fizemos durante todo o ano que passou, sobre o que deveríamos ter feito e, principalmente, sobre o que deveremos fazer no novo ano que se aproxima.

Em meio de um cenário de uma persistente crise económica internacional, com a economia brasileira se aguentando mas crescendo abaixo das perspetivas e metas governamentais estabelecidas, as pequenas e médias empresas brasileiras vão desenvolvendo seus negócios a um ritmo de crescimento bem acima do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.


Apesar da burocracia, da carga tributária e trabalhista, que continuam sendo os principais “gargalos” de uma maior competitividade das empresas brasileiras, sobretudo as que sofrem concorrência de produtos importados, o tecido empresarial das MPME´s (micro, pequenas, médias empresas) tem correspondido bem aos desafios do crescimento. Para 2013, a expetativa é de dias melhores, acreditando que a recuperação das principais economias mundiais, embora lenta, se possa efetivar.

A Copa das Confederações e a aproximação da Copa do Mundo trazem boas oportunidades. Também do ponto de vista desportivo, com o nosso bem conhecido “Felipão” no comando, espera-se que uma vitória esse ano possa ser o aperitivo para a celebração do Hexa em 2014. Mas voltemos ao princípio, o que fizemos em 2012 e o que deveremos fazer no novo ano que se aproxima?

Chegados a este lugar que escolhemos para construir futuro, encontrámos o mercado das franquias imobiliárias em desenvolvimento e com elevado potencial de crescimento. As principais marcas internacionais de origem norte-americana, encontram-se no início da sua expansão no território brasileiro ou vivendo as primeiras “dores” do crescimento e tem sido nesse “universo” que vamos exercendo nossa atividade profissional.

Num momento em que continuamos a viver uma extraordinária mudança no mercado imobiliário brasileiro, com base no crescimento do rendimento das famílias e na estabilidade do mercado de trabalho. Claro que essa mudança estrutural tem acarretado riscos; o desajustamento do crescimento da oferta em relação a um muito maior crescimento da procura provocou nos últimos anos valorizações excessivas, a maior abertura na concessão de crédito imobiliário com descida das taxas de juro praticadas aumentou o risco de inadimplência (insolvência).

Em 2012, os preços de mercado na maioria das capitais continuaram a ajustar-se e a banca pública e privada mantiveram critérios prudenciais e seletivos na concessão de crédito imobiliário. Também o rápido crescimento dos centros urbanos e o elevado índice construtivo, vem trazendo novos desafios aos decisores públicos, aos empresários do setor e às populações, nomeadamente quanto à necessidade de um maior planejamento, sustentabilidade e adequação dos projetos imobiliários a novos padrões de qualidade de vida.
Com os riscos associados à “alacavagem” num nível baixo, déficit habitacional ainda muito elevado e com muitos brasileiros começando a encarar a possibilidade de investir na compra de imóveis como forma de poupança, todos eles são indicadores animadores para 2013. Mas essa mudança no mercado vai ter de chegar a toda a cadeia de distribuição do produto imobiliário.

Maior capacitação educacional e profissional dos agentes imobiliários, modernização dos processos de relacionamento entre os profissionais imobiliários e os seus clientes finais, utilização de modernas ferramentas tecnológicas no marketing relacional, introdução de novas práticas e metodologias de gestão que tornem as empresas e seus profissionais mais produtivos, é uma “marcha” sem retorno. Mas para avançarmos para outros níveis evolucionais, as novas ferramentas tecnológicas e de marketing, o treinamento presencial e EAD (ensino online) ministrado nas universidades corporativas das marcas internacionais, as novas práticas e metodologias de gestão, devem conduzir à captação de imóveis em regime de exclusividade, único caminho para a prestação de um serviço imobiliário pleno e de qualidade aos clientes vendedores e compradores de imóveis.

A uma maior produtividade de toda a cadeia produtiva tem de corresponder um serviço de excelência aos consumidores e acrescentaríamos, maior responsabilização social das empresas. A uma maior lucratividade das empresas, terá de corresponder benefícios para os seus colaboradores e para as comunidades onde atuam.

Esse é o futuro em que acreditamos, é desse futuro de crescimento com inclusão social, que queremos participar.

Para os amigos e familiares que se encontram em Portugal, uma mensagem de esperança; continuem a acreditar e a resistir. Que o Novo Ano permita, nos dois lados do oceano, prosseguirmos os caminhos de futuro fazendo diariamente acontecer.

Por Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário

Fonte. Casa Sapo

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