29 janeiro 2013

Portugal só tem 4% das vendas de turismo residencial no sul da Europa


Ministro da Economia
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse ontem no lançamento do programa de apoio ao turismo residencial que o Governo está empenhado em promover o sector e que o objetivo é aumentar a venda deste tipo de casas, permitindo assim criar emprego e ainda ajudar a construção e o imobiliário. 

"Portugal ainda não é muito competitivo. No sul da Europa as vendas ascendem a 100 mil unidades e Portugal só tem 4% destas vendas. Espanha tem 40%, França tem 25% e Itália 15%. Ainda assim, estes quatro mil imóveis geram receitas de mil milhões de euros e isso é algo que queremos aumentar", disse na sua intervenção, acrescentando ainda que a "aposta no turismo residencial é uma aposta na economia".

De acordo com o ministro, o turismo residencial produz "efeitos importantes para a economia". As visitas que gera "representam 9% da riqueza do PIB e de 8% do emprego e em 2011 somaram receitas externas líquidas de 5,1 mil milhões de euros".

É nesse sentido que Santos Pereira diz que se deve "incentivar a compra de casa em Portugal" por parte dos estrangeiros. Para isso, diz, "é preciso que haja iniciativa privada para investir e apoio fiscal.

Nesse sentido, o Governo uniu o ministério da Economia, aos ministérios da Administração Interna, das Finanças e dos Negócios Estrangeiros para tornar os instrumentos jurídicos mais competitivos.

Foi assim criado um visto que dá autorização de residência aos estrangeiros que comprem casas a partir de 500 mil euros e criou-se um regime fiscal "que é dos mais competitivos da Europa", disse Santos Pereira, acrescentando que estes mecanismos são "essenciais para atrair investimento".

De acordo com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que também esteve presente no evento, os resultados destas iniciativas já são visíveis e "nos próximos dias ver-se-á quem tem o visto gold. Estamos a ter bons sinais de procura e temos muita gente a bater-nos à porta".

Para Paulo Portas, "o turismo residencial é um produto estratégico para Portugal. Com o aumento da esperança de vida cria-se uma oportunidade para realizar investimentos e é aí que Portugal tem de ganhar porque pode proporcionar estadias mais prolongadas e atenuar a sazonalidade". 

Fonte: Dinheiro Vivo

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