A iniciativa foi tomada perante um cenário de grandes dificuldades na venda de casas e no turismo imobiliário, consequência da falta de financiamento bancário a estrangeiros, e das dificuldades das construtoras em concluir os seus projetos, de forma a inverter a tendência.
Frederico Costa, presidente do Turismo de Portugal, afirma que «há um stock muito grande de casas, em vários destinos que não estão a servir a economia do País e temos de pôr esses imóveis à venda, atraindo compradores. O objectivo deste programa não se restringe à venda do imobiliário esta é, também, uma forma de combater a sazonalidade, ajudar a melhorar a ocupação das companhias aéreas e ajudar toda uma economia envolvente. Além disso, um estrangeiro que tenha uma casa em Portugal pode trazer as suas reformas para o País, criar contas bancárias e isso são receitas adicionais».
Deste modo, em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts e um conjunto de promotores imobiliários, o Turismo de Portugal vai ajudar a promover estas vendas.
Frederico Costa adianta que «este programa tem um 'roadshow' de venda, em vários países, França, Escandinávia, Brasil, Rússia... e vamos levar connosco as empresas de imobiliária, mas queremos também trazer a Portugal decisores que possam influenciar a venda».
O programa prevê, também, além da venda, a criação de um portal de informação que servirá de veículo de esclarecimento em várias vertentes fiscais, burocráticas, etc.
Apesar das dificuldades sentidas no setor, Frederico Costa afirma que «os bancos estão muito interessados e foram eles que quiseram reunir-se connosco para saber o que íamos fazer. A banca sabe que não é através do mercado nacional que vai viabilizar a venda».
O programa terá a vigência de dois anos, devendo passar a cinco. Caso garanta a candidatura ao QREN, o Turismo de Portugal prevê não só o alargamento do programa a mais países, como a contratação de mais comerciais e a criação de mais acções promocionais.
Fonte: VI
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