16 janeiro 2013

Rendas prime de escritórios em Lisboa sob pressão


A instabilidade económica e financeira do País continua a condicionar o mercado de arrendamento, com os principais decisores focados na redução de custos, e com a procura de novos espaços de escritórios a níveis muito reduzidos.

Deste modo, o valor das rendas de escritórios em Lisboa tem vindo a diminuir gradualmente nas diversas zonas empresariais da cidade, ainda que com menor impacto, no CBD1. 


Durante o quarto trimestre do exercício passado, o valor das rendas prime diminuiu no CBD 2, no Parque das Nações e no Corredor Oeste, por comparação com os três meses anteriores. Estas são, aliás, as únicas zonas da capital portuguesa que registaram um decréscimo neste indicador ao longo do último ano, com quebras de 6%, 11% e 13%, respetivamente. 

Refira-se que, desde o pico do mercado em 2007, este indicador evidenciou decréscimos superiores a 10% em todas as zonas da cidade. Evidencia-se assim um maior distanciamento entre o CBD1 e o CBD2, bem como uma pressão nas rendas nas zonas com maior taxa de disponibilidade, como o Parque das Nações e o Corredor Oeste.

Ainda assim, o valor contratual das rendas prime tem mantido alguma estabilidade, à custa de incentivos concedidos pelos proprietários aos inquilinos, como sejam a carência de rendas e a comparticipação em obras de adaptação do espaço às necessidades da empresa.

A renda prime do CBD 1 é a que tem revelado maior estabilidade, mantendo-se inalterada de há dois anos para cá. No entanto, está previsto, para 2013, um incremento na oferta desta zona, com a remodelação de diversos edifícios, e é, deste modo, provável que a renda prime venha a sofrer alguns ajustamentos.

Fonte: OJE/CBRE

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