19 fevereiro 2013

CBRE prevê recuperação do imobiliário europeu em 2014


Segundo a CBRE, 2013 ficará marcado “pela gradual recuperação do desempenho económico e da confiança das empresas, de modo a preparar o mercado imobiliário europeu para uma retoma mais consolidada em 2014”.

Em comunicado, a consultora imobiliária explica que os mercados europeus deste sector enfrentaram, o ano passado, “uma conjuntura económica difícil, agravada pelo receio de desmembramento do Euro no primeiro semestre do ano e a estagnação e queda da produção europeia no final do ano”.

Contudo, a CBRE refere que o ano de 2013 começou “de uma forma mais positiva”, citando o retrocesso da ameaça de desintegração da moeda única europeia, “juntamente com notícias encorajadoras da China e dos Estados Unidos, a sustentar indícios de melhoria no clima de confiança do mercado e das empresas”.

Apesar disto, a empresa mantém-se “cautelosa” relativamente ao impacto que esta situação terá nos mercados “de arrendamento e de investimento no curto prazo, sendo os activos secundários de melhor qualidade e em localizações prime aqueles que mais deverão beneficiar do ambiente de maior confiança”.

O grupo frisa que os mercados de arrendamento deverão manter-se “relativamente estagnados ao longo do ano”, estando o crescimento das rendas muito provavelmente “confinado a um número restrito de destinos prime de retail e escritórios, em que a procura excede a oferta”. “Apesar de ser expectável que a procura e as rendas de espaços industriais sejam, em geral, niveladas ao longo de 2013, os novos requisitos para sustentar as estratégias de retalho multicanal constituem uma oportunidade em potencial”, explica.

Para os responsáveis da CBRE, os mercados de arrendamento e de investimento na Europa continuarão “a mostrar uma nítida divisão norte/sul, devendo as localizações core no norte registar estabilidade, ou mesmo subidas de preços, em activos prime”.

A consultora estima que a questão consiste em perceber se a intensificação da polarização entre imóveis prime e secundários verificada no ano transacto será agora atenuada, embora preveja que mesmo que a disponibilidade de financiamento para imóveis secundários aumente no próximo ano, o crescimento não deverá ser “significativo”. Isto significa que as perspectivas para estes activos são condicionadas “pela situação económica da região”.

“As previsões económicas ainda apontam para um ano difícil, mas muitos dos inconvenientes dminuíram, principalmente pelos receios relativos ao desmantelamento da zona euro. A confiança do mercado é essencial. Se a tendência de indicadores positivos persistir, é expectável que se registe maior crescimento económico e melhores condições do mercado imobiliário, mas pode ser necessário esperar até 2014 para se observar sinais de progresso significativo”, delcarou o director do departamento de Research do Reino Unido e da Região EMEA da CBRE, Neil Blake.

Por sua vez, Peter Damesick, chairman do departamento de Research da Região EMEA da consultora acrescentou que “os mercados de arrendamento e investimento no imobiliário europeu continuarão a mostrar acentuadas disparidades norte-sul em 2013, devendo os mercados core do norte registar estabilidade, ou mesmo melhorias, nos preços dos imóveis prime”.

Segundo Damesick, para a maior parte do mercado secundário, “parece ser demasiado cedo para pôr fim ao alargamento do intervalo das yields relativamente ao imobiliário prime”. Contudo, “a tendência dos bons activos secundários em mercados mais fortes atraírem maior interesse de investimento deverá ganhar ritmo em 2013”.
Fonte: Construir

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