Os negócios de compra e venda de ativos imobiliários, como edifícios de escritórios, portfolios de casas ou centros comerciais, devem regressar a Portugal em 2013, depois de o ano passado terem sido investidos apenas 108 milhões de euros neste tipo de operações.
De acordo com o estudo Marketbeat Primavera 2013 da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, apresentado esta manhã, "no setor, existe confiança que 2013 poderá ser o ano de viragem do mercado", dado que "nos últimos meses do ano verificou-se um crescente interesse por parte de investidores".
Em causa está a qualidade dos edifícios disponíveis neste momento no mercado, que têm bons níveis de retorno, mas também os preços dos ativos que desceram bastante nos últimos quatro anos.
De acordo com o responsável da área de investimento da Cushman, Luís Rocha Antunes, nos edifícios de topo os preços terão descido uns 30% entre 2007 e 2012. E nos edifícios médios ou de mais baixa qualidade, os preços chegaram mesmo a descer 50%, disse por sua vez, a responsável da área de estudos de mercado, Marta Esteves Costa.
O único entrave ao regresso destes investidores é, no entanto, o facto da rentabilidade destes ativos ser mais apetecível noutros países do que em Portugal, ressalvou o diretor-geral da Cushman, Eric Van Leuven.
O ano passado, o maior investimento realizado em ativos imobiliários comerciais foi feito pelo Montepio que comprou o edifício Castilho 5.
No entanto, diz Marta Esteves Costa, juntando o investimento em ativos residenciais o panorama muda completamente, uma vez que eleva o valor de investimento de 108 para 424 milhões de euros.
Contudo, "os mais de 300 milhões de euros investidos em ativos residenciais são atípicos" porque são imóveis são casas que que foram parar aos portfolios dos bancos por falta de pagamento e que passaram para os chamados Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento habitacional (FIIAH).
Fonte: Dinheiro Vivo
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