Preços com desconto de 30% e financiamento garantido a 100% estão a atrair mais interessados. Até para investir.
Mais um leilão de casas, mais uma sala cheia de interessados, à espera de uma pechincha ou de um bom negócio. Ontem, um leilão de 43 imóveis promovido pela Euro Estates, todos no Grande Porto, juntou 150 pessoas num hotel do Porto. Não é de surpreender: as casas tinham um desconto na ordem dos 30%.
Susana Costa foi uma das muitas interessadas que saiu feliz da sala depois de ter conseguido adquirir o apartamento que procurava. "Estou feliz, já tinha ido a outros leilões e não tinha encontrado o que procurava, ou então os preços não eram os melhores", disse com um sorriso, enquanto assinava os documentos do seu novo T2 em Gondomar.
"Este ano os leilões têm estado a correr muito bem. No último leilão que fizemos vendemos mais de cem imóveis, o que representou um sucesso de 70%, e fizemos 5,5 milhões de euros em vendas", diz Diogo Livério, diretor comercial da Euro Estates, ao DN/Dinheiro Vivo.
No Porto estavam 43 imóveis da carteira do Millennium BCP para licitação; em Lisboa estavam 46. No Norte os preços variavam entre os 19 mil e os 120 mil euros e na Grande Lisboa entre os 23 mil e os cem mil euros.
"Os compradores são muito variados. Muitos são investidores, que compram para arrendar ou voltar a colocar no mercado; outros são mesmo para habitação. Temos também os espaços comerciais e escritórios", salientou.
Investir foi a motivação de Manuel Pai, que ontem comprou um T2 em Gaia, "pelo preço inicial de licitação. Espero ter feito um bom negócio, já me disseram que tinha alguma humidade, vamos ver. A ideia é arrendar ou vender".
Os leilões de imóveis têm cada vez mais procura. A Luso-Roux, uma outra leiloeira, desde fevereiro que está a fazer leilões diários, durante a semana. De acordo com a sua diretora, Ana Luísa Ferro, "os T2 são a tipologia que mais se vende, mas começa também a haver procura de T1 para arrendar".
Os valores médios das vendas rondam os 60 a 70 mil euros.
Esta leiloeira começou por fazer apenas leilões no Porto e em Lisboa, mas "agora apostamos em ações regionais, nas sedes de distrito ou de concelho, com ações mais intensivas para os mercados locais".
Imobiliárias
As imobiliárias também fazem leilões, e campanhas de saldos, para assim movimentarem com mais rapidez os imóveis que têm em carteira.
A Re/Max, por exemplo, na sua última campanha de saldos, que decorreu de 28 de dezembro a 28 de fevereiro, vendeu 598 imóveis, o que representou um crescimento de 41% face à época de saldo do ano anterior.
Nesta campanha 8% das vendas eram imóveis da banca, e foi na Grande Lisboa que se concretizaram a maioria dos negócios.
Já a Era Portugal vendeu 29 imóveis, no valor de mais de 1,6 milhões de euros, nos dois primeiros leilões que fez em Braga e Torres Vedras. Os imóveis mais vendidos foram os T3, com financiamento bancário até 100%.
Fonte: Dinheiro Vivo
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