13 março 2013

Escritórios lisboetas arrancam pouco dinâmicos


O segmento de escritórios na capital portuguesa teve um início de ano pouco ativo, de acordo com os dados mais recentes do Office Flashpoint da consultora Jones Lang LaSalle.

A atividade no mercado de escritórios em janeiro de 2013 totalizou 1.382 m2 de absorção, volume 153% abaixo do desempenho registado em igual mês do exercício transato (3.506 m2), revela o Office Flashpoint da Jones Lang LaSalle. A consultora adianta que, no total, foram realizadas nove operações, com uma área média de 154 m2, em que o maior arrendamento - a colocação da Nova Ouriense no Edifício Duque D'Ávila 46 - foi de 324 m2, "o que evidencia a continuação da tendência de mercado para a tomada de espaços de menor dimensão". 


A Jones Lang LaSalle refere que foi responsável pela concretização de sete destas novas operações, numa área total agregada de 1.077 m2, equivalendo a "78% da área tomada no mercado em janeiro".

O setor da construção e imobiliário, com cerca de 40% da área ocupada (553 m2), foi o mais dinâmico no primeiro mês do ano, seguindo--se as empresas da área de farmacêuticas & saúde, responsáveis por 28,8% da área arrendada no início do atual exercício.

Em termos de zonas, a 5 - Parque das Nações, foi a que registou maior atividade, com 885 m2 (64%) arrendados nesta área. A zona 2 - eixo Saldanha, Entrecampos, Amoreiras, esteve também em destaque no arranque deste ano, com 23% da ocupação de escritórios.
Mariana Seabra, diretora do departamento de office agency & corporate solutions da Jones Lang LaSalle, afirma que "a atividade do mercado em janeiro espelha o atual clima de confiança do tecido empresarial, bem como a contração da atividade económica, assistindo-se a uma absorção pouco dinâmica".

Além disso, acrescenta a responsável, "à semelhança do que aconteceu nos últimos dois anos, continuamos a assistir ao aumento da procura por áreas de menor dimensão, com as áreas médias transacionadas a contraírem". Mariana Seabra refere que se regista ainda "uma crescente procura por parte de start ups, tendência que resulta, em parte, do aumento da taxa de desemprego, e que tem encontrado resposta no desenvolvimento de business centers".

A Jones Lang LaSalle ressalva que, no exercício passado, a absorção anual de escritórios acabou por ficar acima das expectativas iniciais, atingindo um total de 102 mil m2 arrendados, "performance que representou um crescimento de 16% face à atividade registada em 2011".
Fonte: OJE

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.