O ano de 2013 poderá trazer poucas novidades em relação ao mercado de escritórios de Lisboa. A convicção é que a taxa de disponibilidade reduzir-se-á havendo, possivelmente, alguma pressão para um aumento de rendas nos imóveis novos. Neste momento é claro para todos os intervenientes do mercado de escritórios que existe stock suficiente para acomodar as necessidades a curto e médio prazo das empresas. Contudo, a necessidade pontual de escritórios no centro da cidade pode “acentuar a tendência de recuperação e reabilitação de edifícios localizados em zonas consolidadas, de excelentes acessos e transportes em detrimento dos parques de escritórios. Na opinião de Amílcar Silva, da Cushman & Wakefield, “a construção nova diminui drasticamente e nalgumas zonas, como o Parque das Nações e o Corredor Oeste (Oeiras/A5), é inexistente. Em contrapartida temos vindo a constatar e a participar ativamente na reabilitação do centro da cidade com projetos que vêm trazer a qualidade que antes se concentrava nos parques de escritório fora da cidade”.
A opinião é partilhada por alguns dos responsáveis dos departamentos de escritórios de Lisboa. Para João Vargas, da Abacus/Savills, “a conjuntura económica e de mercado não incentiva ao desenvolvimento de novos projetos de edifícios de escritórios. Atualmente, salvo algumas reabilitações de edifícios na zona prime da cidade, onde a oferta de imóveis de qualidade é reduzida, não existe construção especulativa”.
Também Pedro Salema Garção, da consultora Worx, considera que vai continuar a destacar-se a zona prime do CBD (Central Business District - Avenida da Liberdade), onde se “concentra a maior área de novos escritórios, dos últimos anos, em resultado da renovação de novos edifícios, trazendo assim uma nova dinâmica a esta zona e dando resposta aos novos requisitos da procura”.
Por seu lado Mariana Seabra, da Jones Lang LaSalle, adianta que “pela primeira vez em vários anos, a zona prime do CBD terá um aumento significativo de oferta nova de qualidade, estima-se que cerca de 18.000 m2 de escritórios possam ser lançados nesta zona, pelo que o valor da renda prime poderá vir a ajustar-se em baixa”.
Jorge Bota, da BPrime, é de opinião que “em Lisboa, 2013 prevê-se idêntico a 2012, apenas com algumas alterações em duas das zonas que constituem o mercado: a zona 1 (onde haverá uma oferta significativa de novos escritórios durante este ano e na zona 5 (Parque das Nações), onde tendo-se colocado uma área significativa durante 2012 e não tendo havido nova construção, a taxa de disponibilidade reduzir-se-á havendo possivelmente alguma pressão para um aumento de rendas, nos imóveis novos, visto que o segmento de usados se mantém com níveis de disponibilidade idênticos.
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