"As casas já estavam estavam com preços mais baixos, por causa da crise, e com mais 10% de desconto ficaram ainda mais baratas e atrativas, principalmente para investidores que compraram para depois colocar no mercado de arrendamento. Antes a procura era mais para primeira habitação, mas desta vez, este foi o tipo de público que comprou nos saldos", disse ao Dinheiro Vivo a CEO da Remax, Beatriz Rubio.
De acordo com esta responsável, o preço médio das casas nos saldos, que ocorreram de 28 de dezembro a 28 de fevereiro, foi de 100 mil euros, o que permite que esses novos investidores tenham rendimentos quando compram as casas.
"Tivemos um caso de um investidor desses que comprou uma casa e está a cobrar uma renda não muito alta, mas que lhe dá mais 100 euros do que o que paga ao banco, ou seja, está a ganhar 100 euros", ressalva.
Para Beatriz Rubio foram estes investidores que fizeram com que das 598 operações, 80% fossem vendas e 20% fossem arrendamentos.
"Os saldos são uma lufada de ar fresco porque aumentam as vendas. Por causa desta campanha as transações totais nestes primeiros meses do ano foram metade vendas e metade arrendamentos", disse, lembrando, contudo, que "durante o ano vai voltar a ser 60% arrendamentos e 40% vendas", como foi em 2012.
Beatriz Rubio conta ainda que a zona da Grande Lisboa foi a mais procurada, tal como foram os T2 e os T3. A CEO destaca ainda que as casas dos bancos que tinham para venda nos saldos foram as que tiveram menos saída, representando apenas 8% das operações.
"A casa dos bancos é um produto menos apetecível e quando se compara uma casa dita normal em saldo com uma casa dos bancos em saldo, as pessoas preferem sempre as casas ditas normais", contou.
Fonte: Dinheiro Vivo
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