12 abril 2013

Bancos portugueses aproveitam evento em Londres para vender imóveis em carteira


Os principais bancos portugueses vão tentar vender casas que possuem a britânicos ou emigrantes no Reino Unido, adiantou hoje a organizadora de um evento imobiliário em junho, em Londres.

A diretora da Câmara de Comércio Portuguesa no Reino Unido, Christina Hippsley, disse à agência Lusa que a primeira edição do "Portuguese Chamber Portugal Property Show London", de 14 a 16 de junho, se deve ao elevado interesse de expositores.
"Vão participar desde agências imobiliárias a promotores e advogados, mas", vincou, "a base são os bancos", que tentarão escoar imóveis que obtiveram através da dação em cumprimento ou execução de hipotecas.


Os bancos vão também tentar aproveitar a recuperação do mercado de turismo residencial junto dos compradores britânicos, confirmada por vários profissionais do setor durante um evento imobiliário em Londres.

A agência PropertyPortugal.com registou um incremento significativo: no primeiro trimestre deste ano já vendeu 26 propriedades, o que corresponde a duas por semana, o dobro do ritmo a que vendeu em 2012.

Em 2011, segundo o diretor David Rowat, o portal, que começou por ser apenas uma agência imobiliária sedeada em Vilamoura, vendeu apenas 12 casas, uma por mês.

"A maioria parte são pessoas com entre 35-45 anos, vêm pela qualidade de vida, não pelo investimento, e preferem vivendas em vez de apartamentos", descreveu, durante o primeiro dia do evento "A Place in the Sun" destinado à promoção de imobiliário no estrangeiro, que decorre até domingo.

Também Kayt Ziadi, agente independente, notou um maior interesse de interessados e intermediou duas operações, razão que a levou a suspender o descanso da aposentação para retomar a atividade.

"Só voltei porque havia mais pessoas a perguntar", contou à Lusa.

Um estudo da consultora ILM divulgado no início do mês indicava que 70% dos principais agentes imobiliários do Algarve estão convencidos de que o pior da crise já passou e que a região está no caminho da recuperação.

Intitulado "10-10-10 - Pesquisa sobre o Turismo Residencial no Algarve", concluiu que a curiosidade de potenciais compradores converteu-se mais em aquisições em 2012 do que no ano anterior.

Mais de um quarto dos negócios (27%) corresponderam em 2012 a propriedades com preços superiores a um milhão de euros, mas a maioria, 51%, correspondeu a habitações mais modestas, com preços entre os 100 mil e 500 mil euros.

Para aproveitar ‘pechinchas’, muitos investidores estão a comprar casas mais baratas, às vezes abaixo dos 100 mil euros, pagando em dinheiro, muitos com a ideia de ali viver permanentemente ou após a aposentação, confirmam Rowat e Ziadi.

Mas Portugal está também a atrair interessados nos vistos de residência oferecidos pelo governo a estrangeiros que comprem casas acima do meio milhão de euros.

"Houve uma média de três inquéritos por semana desde o início do ano, com uma taxa elevada de concretização, a maioria por chineses", adiantou Sandra Carito, advogada da Neville de Rougemont.

Fonte: Expresso

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