É oficial: depois de Espanha e de Portugal, a Grécia acaba de anunciar que irá conceder vistos de permanência no país aos investidores estrangeiros que invistam um mínimo de 250.000 euros no país. O princípio é comum aos três países sul-europeus em crise: estimular o investimento estrangeiro no imobiliário e aumentar a clientela que escolhe o país para longas estadias turísticas.
A concessão de contrapartidas legais aos investidores estrangeiros quer atrair sobretudo cidadãos oriundos de fora do Espaço Schengen, vindos de países em franco crescimento económico e a quem é útil poder ter uma plataforma com residência autorizada na Europa.
A ideia não é nova, e há muito que vinha a ser proposta pelos profissionais do setor, mas terá sido a crise o principal gatilho para que os governos sul europeus finalmente a comecem a adotar como medida para impulsionar o setor imobiliário.
A ideia não é nova, e há muito que vinha a ser proposta pelos profissionais do setor, mas terá sido a crise o principal gatilho para que os governos sul europeus finalmente a comecem a adotar como medida para impulsionar o setor imobiliário.
Isto poderá ter ainda uma outra leitura: o aumento da concorrência entre os países do sul da Europa no mercado do turismo residencial, isto é, na captação de turistas e de investimento estrangeiro. Neste momento todos querem crescer, e ver aumentar as receitas geradas por este setor e a competição entre si aperta.
Então, e Portugal? Será este aumento da concorrência uma ameaça ou uma oportunidade? Um mercado competitivo é aquele onde os players têm de se esforçar mais para se distinguir, para ganhar vantagem sobre a concorrência e, neste caso, crescer em número de turistas e de investidores e, consequentemente, na venda de casas. E, aqui Portugal tem uma oportunidade para se posicionar como um destino de topo, distinguindo-se dos destinos concorrentes pela tónica na qualidade.
Nesta senda, investimentos como aquele que foi agora anunciado pela luxuosa Oman Hotels and Resorts, que escolheu a Herdade da Comporta para a sua estreia na Península Ibérica, ganham por isso uma importância ainda maior nesta fase, fortalecendo a imagem do nosso país e enviando aos investidores mais um sinal de confiança no futuro e no potencial do destino.
O facto de em Portugal o Golden Visa ser apenas aplicável ao investimento ema ativos imobiliários de valor igual ou superior a 500.000 euros – contra os 160.000 euros de Espanha e os 250.000 euros da Grécia – é outro dos factos que podem contribuir para esse posicionamento distintivo que ambicionamos. E, os roadshows de promoção Living in Portugal que estão programados para a Europa são também de grande importância para a realização desse objetivo, dando a conhecer as potencialidades do país – ainda desconhecidas por muitos – como destino de investimento, mostrando-o como um destino diferenciado e único.
Sem esquecer o importante de outros eventos já como o Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Paris (23 a 26 de Maio), o Portugal Property Show (14 a 16 de Junho, em Londres) ou o MIP – Mostra do Imobiliário Português no Brasil (previsto para Sâo Paulo), que vêm confirmar que a internacionalização do setor é, sem dúvida, a via de crescimento nesta fase.
Poder estar presente neste tipo de iniciativas é cada vez mais importante para as empresas, que ali contam com uma plataforma privilegiada de exposição junto de potenciais novos investidores. Mas, o que é preciso mesmo, é mostrar lá fora que vale a pena apostar em Portugal e a verdade é que quem o fizer agora irá beneficiar de condições mais favoráveis.
E não podemos deixar passar em branco a propagando de que este é o momento certo para investir em Portugal!
Por António Gil Machado, Diretor da Vida Imobiliária
Fonte: VI
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