Segundo o relatório da CBRE que faz a análise ao "Imobiliário Comercial" referente ao segundo semestre de 2012, Portugal atingiu em 2012, um dos mais fracos indicadores de absorção no mercado imobiliário nacional desde o início do século.
Num contexto, de conjuntura económica internacional e situação interna de elevada austeridade, crescente taxa de desemprego, contração de 3,2% do PIB, aumento da taxa de desemprego e baixos níveis de confiança, o imobiliário comercial em Portugal foi fortemente afectado em 2012, tendo atingido um dos mais fracos níveis de absorção imobiliária desde o início do século.
Exceção é a verificada no comércio de rua prime que continua a revelar um bom desempenho. No comércio, a quebra no consumo privado e o aumento dos impostos levaram a uma diminuição de c. 7% no índice de volume de negócios. O hiato entre os melhores centros comerciais e ruas de comércio do país, e o resto do mercado é, cada vez mais, significativo, com os proprietários em dificuldade para fazer face ao crescente número de lojas disponíveis. As rendas prime mantiveram-se estáveis nos diferentes formatos de comércio com excepção para os retail parks onde se registou um decréscimo de 10% em 2012.
No mercado de escritórios de Lisboa, apesar de um aumento de 16% na ocupação, comparativamente como o ano anterior, registou-se um nível muito inferior a média anual do período 2001-2008 e um reduzido número de transacções. O valor da renda prime diminuiu em diversas zonas empresariais mas manteve-se estável no CBD1.
A ocupação de imóveis de armazéns e logística diminuiu 22% em relação a 2011, evidenciando o valor mais baixo desde que há registo. As rendas também diminuíram em diversas zonas, inclusive na zona prime de logística que registou no final de 2012 uma queda de 7% relativamente ao período homologo.
A promoção imobiliária abrandou significativamente em todos os sectores e a maioria dos poucos edifícios concluídos foram construídos para ocupação própria. No retalho não foi inaugurado nenhum empreendimento em 2012.
No sector do turismo, o mercado evidenciou uma recuperação interessante com um crescimento de quase 6% no número de dormidas. Contudo, as unidades hoteleiras têm sentido uma forte concorrência por parte dos apartamentos para short term rentals e hostels, verificando-se um decréscimo nas taxas de ocupação hoteleira.
Perspetivas Futuras
Para 2013, apesar de uma ligeira melhoria no nível de confiança do país, a economia nacional ainda tem um longo caminho para percorrer até que se tornem evidentes os sinais de crescimento. Deste modo, as expectativas apontam para que, o mercado de investimento imobiliário registe novamente em 2013, fracos níveis de atividade.
Os investidores tradicionais do mercado imobiliário Português, como os grandes fundos de investimento institucionais internacionais e os fundos abertos nacionais, deverão ter um papel residual no mercado de investimento. Os primeiros devido à contínua incerteza relativamente à evolução da economia, e os segundos, dada a escassez de liquidez.
Deste modo em 2013, os principais atores do mercado deverão continuar a ser os investidores privados e family offices, mas também investidores especializados. Assim, prevê-se que surjam alguns investidores focados em ativos de qualidade muito bem localizados; outros mais concentrados em imóveis arrendados a inquilinos seguros com contratos de longo prazo; e outros ainda interessados em tirar partido de situações especificas onde possam acrescentar valor no médio-longo prazo. De um modo geral, as yields deverão manter-se mais estáveis na maioria dos sectores.
Perspetivas Futuras
Para 2013, apesar de uma ligeira melhoria no nível de confiança do país, a economia nacional ainda tem um longo caminho para percorrer até que se tornem evidentes os sinais de crescimento. Deste modo, as expectativas apontam para que, o mercado de investimento imobiliário registe novamente em 2013, fracos níveis de atividade.
Os investidores tradicionais do mercado imobiliário Português, como os grandes fundos de investimento institucionais internacionais e os fundos abertos nacionais, deverão ter um papel residual no mercado de investimento. Os primeiros devido à contínua incerteza relativamente à evolução da economia, e os segundos, dada a escassez de liquidez.
Deste modo em 2013, os principais atores do mercado deverão continuar a ser os investidores privados e family offices, mas também investidores especializados. Assim, prevê-se que surjam alguns investidores focados em ativos de qualidade muito bem localizados; outros mais concentrados em imóveis arrendados a inquilinos seguros com contratos de longo prazo; e outros ainda interessados em tirar partido de situações especificas onde possam acrescentar valor no médio-longo prazo. De um modo geral, as yields deverão manter-se mais estáveis na maioria dos sectores.
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