De acordo com o estudo da Aguirre Newman sobre o mercado de escritórios em Lisboa, a área contratada durante o mês de junho totalizou os 6.064m2, representando uma subida de 31% face a junho de 2012 (4.622m2).
Já em termos acumulados, a área de escritórios contratada nos primeiros 6 meses do ano foi 28% inferior à registada em igual período de 2012 (25.893m2 face a 36.030m2).
Nos primeiros 6 meses de 2013, foi contabilizado um total de 85 operações de arrendamento de escritórios, menos 15 do que em igual período do ano passado.
O maior número de operações foi registado no Corredor Oeste (Zona 6) e no Parque das Nações (Zona 5), com 20% e 23% da área transacionada. Por outro lado, a Zona Secundária (Zona 4) registou apenas 7 operações.
O Parque das Nações foi a região que mais cresceu neste semestre, tendo mais 7 transações do que no ano passado. O Corredor Oeste, por sua vez, foi o que mais desceu face a 2012, com menos 15 transações.
Geograficamente, a Zona 4 (Zona Secundária) registou o único crescimento da área contratada nos primeiros seis meses de 2013 face a igual período de 2012. A Zona 6 (Corredor Oeste), por outro lado, registou a maior quebra da área contratada, com uma redução de 6.57m2.
No que diz respeito ao Take Up médio por transação durante o mês de junho, a Aguirre Newman verificou que a superfície média contratada por transação desceu 15%, de 360m2 em 2012 para 305m2 em 2013.
A Zona Prime CBD (Zona 1), registou uma variação positiva de 1,8%. Já o Parque das Nações e Corredor Oeste registaram a maior diferença negativa, de 42% e 32%, respetivamente.
Analisando a absorção de escritórios por intervalo de área contratada durante o primeiro semestre deste ano, mais de 50% das transações registaram uma superfície inferior a 300m2 na CBD (Zona 2), Zona Emergente (Zona 3), Zona Secundária (Zona 4), Parque das Nações (Zona 5) e Corredor Oeste (Zona 6).
19% do total da área contratada nos primeiros 6 meses do ano são edifícios novos, e os restantes 81% edifícios usados, mostrando uma clara preferência por instalações usadas, que já se tinha vindo a verificar.
Por intervalo de área contratada, apenas 31 transações, que representam 36% do total, registaram uma superfície superior a 300m2. As restantes 54% registaram uma superfície inferior a 300m2.
Durante o mês de junho, os setores “TMT’s & Utilities”, “Serviços Empresas”, “Estado, Europa & Associações” e “Outros Serviços” registaram variações positivas face a Junho de 2012. O sector “Serviços Financeiros” registou a maior variação negativa. Os sectores “Produtos de Consumo” e “Construção & Imobiliário” não registaram qualquer área contratada.
Face ao comportamento do mercado de escritórios na última década, 2011 e 2012 registaram um 1º semestre mais baixo de sempre, com 30.801m2 e 36.030m2, respetivamente. O 1º semestre de 2013 foi ainda mais baixo do que estes valores.
Para 2013, a Aguirre Newman faz 3 projeções: 59.000 m², traduzindo a média do período 2003/2012 para o valor da absorção 1º semestre na absorção anual; de 81.000 m2, traduzindo o valor mais baixo, e 45.000 m2, traduzindo valor mais alto.
A Aguirre Newman salienta que, apesar de nos meses de fevereiro, março e junho deste ano a área contratada ter apresentado acréscimos face a 2012, a absorção acumulada do 1º semestre deste ano aponta para um menos dinamismo do mercado de escritórios.
Eduardo Fonseca, diretor do departamento de Escritórios da Aguirre Newman Portugal, afirma que «o mercado de escritórios de Lisboa, ficou abaixo das nossas expetativas neste primeiro semestre, tendo o mercado registado um decréscimo de cerca de 28% na absorção acumulada de janeiro a junho, face a igual período de 2012».
Considera que, apesar da quebra, «resultante de um menor número de transações, acompanhado de um decréscimo da área média contratada, em que identificámos apenas duas transações acima dos 1.000 m2, acreditamos num segundo semestre superior ao primeiro em termos de área contratada».
O responsável conclui que «esta expetativa deve-se essencialmente a dois factores, um maior dinamismo de várias empresas de diferentes sectores de actividade, que poderão até ao final do ano incrementar o take up, e alguns negócios de média dimensão já identificados. Contudo, estamos em crer que a absorção total de 2013 poderá rondar os níveis de 2011, se não mesmo ficar aquém desses níveis».
Fonte: VI

0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.