19 julho 2013

Certificados energéticos voltam a cair


No primeiro trimestre de 2013, segundo dados da ADENE - Agência para a Energia, foram emitidos cerca de 16.600 registos através do Sistema de Certificação Energética (SCE), observando-se uma quebra de 28% face ao mesmo período de 2012.

Não obstante a diminuição do dinamismo observada, em termos acumulados o SCE contabilizou aproximadamente 577 mil certificados emitidos no período decorrente de Junho de 2007 a Março de 2013.

Edifícios de serviços com maior diminuição

A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua centrada nos prédios residenciais, que representam estruturalmente cerca de 90% dos registos emitidos. Considerando apenas o primeiro trimestre de 2013, essa representatividade foi de 87%. Tendo em consideração a variável em estudo, comparando com o mesmo período do ano passado, nos prédios residenciais registou-se um decréscimo de 27% em termos de volume face a 2012, e os edifícios de serviços registaram uma quebra de 32%.

Crescimento nos CE-DCR nos três primeiros meses do ano

Até ao final de Março a relevância dos Certificados Energéticos emitidos após Declaração de Conformidade Regulamentar (CE-DCR) sobre a totalidade dos certificados, no segmento residencial, registou um crescimento. Em Janeiro representaram 12,3%, tendo chegado aos 14,9% em Março.

Já nos serviços, a relevância dos CE-DCR na totalidade dos certificados teve um ligeiro decréscimo de Janeiro (7,0%) para Março (6,8%), observando-se uma redução na concretização de edifícios direccionados para o mencionado segmento.

Entre Junho de 2007 e Março de 2013, em termos de estrutura de eficiência energética, as classes mais representativas no segmento residencial foram a classe C (25,1%) e a B (22,7%). Nos serviços, a classe com maior número de ocorrências é a G (31%), muito devido ao peso dos Pequenos Edifícios de Serviços sem Sistema(s) de Climatização no geral.

No segmento alargado dos ‘Edifícios de Serviços’ existem vários tipos de imóveis, sendo importante desagregá-los. Tanto nos ‘Grandes Edifícios de Serviços’, como nos ‘Pequenos Edifícios de Serviços com Sistema(s) de Climatização’ a classe mais representativa é a B-, com 43,6% e 40,6% de ocorrências, respectivamente. Nos ‘Pequenos Edifícios de Serviços sem Sistema de Climatização a classe G domina, registando 35%.

Lisboa continua a dominar o maior número de certificados

Na análise por distritos, entre Junho de 2007 e Março de 2013, os centros urbanos de Lisboa (26%), Porto (16%), Faro (11%), Setúbal (10%) e Braga (6%) representaram 69% dos certificados energéticos no segmento residencial a nível geral.

Nos serviços, os mais representativos foram sensivelmente os mesmos: Lisboa (29%), Porto (18%), Setúbal (9%), Faro (7%), Aveiro (5%) e Braga (5%), com uma preponderância neste caso a rondar os 74% de certificados emitidos.

Fonte: SOL/Gabinete de Estudos da APEMIP

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