O Millennium bcp tem desafiado as imobiliárias para novas abordagens ao mercado, criando e potenciando oportunidades através da segmentação e especialização por produto.
“Os leilões que o banco promove têm, em termos médios, melhores condições de valor de aquisição do imóvel, mantendo as propostas de financiamento atrativas promovidas pelo banco”, salienta José Araújo, diretor do Millennium bcp.
Na sua opinião, os leilões são uma das muitas formas que o banco tem de comercialização de imóveis, dentro do ciclo de vida criado para cada produto, sendo complementar à mediação tradicional e às campanhas segmentadas que realizam habitualmente.
No entanto, o seu peso nas vendas do banco é, ainda, diminuto. Isto deve-se também ao fato de que “nem todo o produto é vendável em leilão”, esclarece o responsável.
De acordo com José Araújo, o Millennium bcp tem tentado criar “uma tendência e desafiado as empresas imobiliárias, nossas parceiras, para novas abordagens ao mercado, criando e potenciando oportunidades através da sua segmentação e especialização por produto”.
Foi desta forma que nasceram os leilões específicos para as lojas e espaços comerciais. “Trata-se de mercados com público-alvo distinto, onde é necessário ter especialistas para a sua comercialização”, refere.
No caso dos leilões comerciais o balanço é positivo, mas está ainda distante dos resultados dos imóveis habitacionais (mercado com grande maturidade). “Os leilões exclusivos de espaços comerciais, estão, ainda, num estágio de crescimento em termos de ciclo de produto, pelo que as margens de crescimento são de elevado potencial, face a públicos alvo que tendem a diversificar os seus investimentos (com retornos de investimento mais elevados), ou mesmo para quem procura alargar/criar o seu negócio”, adianta.
Na opinião de José Araújo, “é, pois, necessário dinamizar este setor de mercado gerador de negócio e potencializador da economia local, e esta é uma forma de criar boas oportunidades de negócio onde a aquisição é muito racional”.
Segundo o responsável, o fator preço/oportunidade é o principal atrativo, alicerçado nas condições de financiamento disponíveis no Millennium bcp, contudo necessita de uma decisão rápida. “Podemos compará-los aos saldos no mercado do comércio de retalho”, refere.
Concretizar bons negócios
Na opinião de Ana Luísa Ferro, diretora comercial da leiloeira Uon, “a inclusão de ativos em leilão pressupõe a definição de um preço de oportunidade e, por consequência, a possibilidade de se concretizarem bons negócios. Seja para quem vende, que realiza capital mais rapidamente, seja para quem compra, que o faz a preços mais competitivos”. Na sua opinião, o desconto obtido depende de uma série de variáveis e sobretudo do interesse suscitado pelo imóvel, já que a existência de vários potenciais clientes pode fazer potenciar o valor do imóvel.
Na opinião de Diogo Pitta Livério, diretor comercial da Euro Estates, outra das leiloeiras tradicionais, “normalmente os imóveis em leilão beneficiam de um desconto na ordem dos 30%, face aos valores de mercado”.
Contudo, para a operação de financiamento é necessário começar por fazer a avaliação da capacidade creditícia do cliente, que depende da instituição de crédito consultada. “A venda em leilão é idêntica a uma mediação tradicional, ou seja, não existe garantia de crédito, por isso é que nós aconselhamos a que, caso o cliente esteja interessado num imóvel, deve de imediato perceber se tem capacidade de endividamento e se consegue aprovação de crédito”, o responsável da Euro Estates.
Para Ana Luísa Ferro, “a Uon acompanha o cliente e presta todo o apoio na preparação da documentação. Nunca pode intervir na decisão de crédito, nem assegurar perante o cliente a sua obtenção”, esclarece.
O que deve saber se vai participar num leilão de imóveis
- É fundamental que os potenciais interessados visitem os imóveis, verifiquem da necessidade ou não de intervenções, sejam estas simples pinturas, substituição de louças, caixilharias ou chão, ou obras mais complexas. Estas intervenções devem ser cuidadosamente avaliadas previamente, disponibilizando a leiloeira esse tipo de serviço.
- É igualmente determinante avaliar a respetiva capacidade creditícia, tarefa em que as empresas leiloeiras podem também prestar colaboração, acompanhando o cliente junto de uma instituição de crédito e apoiando na obtenção e entrega de toda a documentação.Assegurada a visita ao imóvel e atestada a capacidade para fazer face ao serviço da dívida, caso decida recorrer ao crédito, deverá inscrever-se no dia do leilão, para o que necessitará:
- Cartão de Cidadão ou Bilhete de Entidade, se particular e Certidão do Registo Comercial, caso se trate de uma empresa;
- Dois cheques, um que será emitido em nome da leiloeira e devolvido no fim do leilão e um outro que servirá para pagar o sinal quando assinar o Contrato de Promessa de Compra e Venda, caso arremate.
Millennium bcp procura novos mercados para o imobiliário
Após a consolidação da sua posição no mercado nacional, o Millennium bcp passou a procurar novos mercados com potencial de negócio para os seus imóveis em carteira e para os imóveis que os promotores - apoiados financeiramente - têm para venda.
“Foi neste sentido que, através das leiloeiras tradicionais, o Millennium bcp procurou potenciar a sua participação em feiras internacionais, que geram contactos mas, ao mesmo tempo, possibilitam que esses mercados possam aceder diretamente às oportunidades em pé de igualdade (através de vídeo conferência ou online) aumentando o mercado de potenciais clientes alémfronteiras”, adianta José Araújo.
Na opinião de Ana Luísa Ferro, “a divulgação de ativos com características especiais: praia, campo, golfe, moradias no espaço rural, pode revelar-se, especialmente, interessante, seja para estrangeiros com uma determinada faixa etária, que buscam o clima português, seja para luso emigrantes que pretendam regressar”.
A Uon esteve presente, recentemente, em Paris, onde a comunidade portuguesa tem forte expressão, e em Londres. “A Euro Estates voltou a realizar, em simultâneo, um leilão no passado dia 26 de Maio com imóveis de norte a sul do país em três salas/cidades ao mesmo tempo, Lisboa/Porto/Paris, que correu bastante bem com salas cheias, comercializando mais de 60% das frações”, adianta Diogo Livério.
Fonte: Público
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