15 julho 2013

Sonae Sierra levou grupo de retalhistas a Argelia para vender tres "shoppings"


Empresa portuguesa gere três centros comerciais naquele mercado e conta fechar mais contratos ate ao final do ano.
A Sonae Sierra meteu 19 retalhistas num avião para a Argélia com o objetivo de acelerar a comercialização das 92 lojas dos três centros comerciais que está a gerir naquele mercado desde o ano passado. A bordo seguiram empresários de sete nacionalidades, incluindo um grupo grupo de portugueses representantes de seis marcas - Pandora, Be Trend Store, Zippy, Worten, Sportzone e Berg -, que se reuniram com investidores financeiros e lojistas locais, sobretudo nas áreas do têxtil, acessórios, desporto e calcado. 

Vítor Nogueira, o administrador delegado da Sonae Sierra responsável pela gestão de centros comerciais na Argélia, disse ao Negócios, que a visita, realizada entre 18 e 20 de Junho, representou um "investimento reduzido em relação às perspetivas de negocio, ou seja, de comercialização dos centros comerciais de terceiros cujo processo" lhes foi adjudicado.

O grupo de retalhistas europeus visitou o "Uno Shopping Center", localizado na província de Bouira, que é um dos três - os outros estão na província de Mostaganem e a Norte da província de Ain Defla - que a empresa portuguesa está a gerir naquele país do Norte de África que apresenta um "forte crescimento no sector do imobiliário e de retalho". 

A Sonae Sierra entrou no mercado argelino em 2012 com uma empresa de prestação de serviços, desenvolvimento, gestão e comercialização de centros comerciais, resultante de uma parceria com a Cevital, um grupo argelino com interesses em áreas tão distintas como a indústria alimentar, construção, fabrico de vidro, revenda automóvel e grande distribuição.

Vítor Nogueira adiantou que a empresa nacional está em vias de "ganhar, a curto prazo, mais contratos neste país, incluindo na área de desenvolvimento", algo que conta anunciar ainda "no decorrer deste ano".

Brodheim leva marcas de luxo 

Esta foi a segunda visita organizada à Argélia - organizaram recentemente urna semelhante a Marrocos e à Roménia -, explicando o administrador delegado que estas iniciativas são "frequentes nos mercados em desenvolvimento", onde a maioria das marcas europeias presentes nos "shoppings" da Sonae Sierra no Velho Continente ainda não têm lojas.

É o caso daquelas que o grupo Brodheim representa em Portugal (como a Burberry, a Armani Jeans ou a Furla), que, à excepção da Timberland, ainda não chegaram à Argelia. O CEO Ronald Brodheirm adiantou ao Negócios que ernbarcou ern busca de urn parceiro local para internacionalizar a empresa e "exportar o 'know how" no mundo da moda e do retalho para este mercado que esta verdadeiramente numa fase de start-up".

Ora, "explorar novos mercados, reforçar a internacionalização da empresa e estabelecer contactos com empresários locais" foram as metas levadas na bagagem pela Zippy, Worten e Sport-zone, que foram exibidas a investidores interessados em desenvolver ou lançar marcas do sector de vestuário e desporto.

Embora seja " ainda cedo para falar de resultados", a diretora de expansão internacional, Teresa Castro, classificou a Argélia como "um mercado com enorme potencial" para onde a Sonae SR (retalho especializado) começou "agora a olhar".

Economia jovem com pouco espaço para passear

Com mais de 36 milhões de habitantes - 60% têm menos de 30 anos - e taxa média de crescimento do PIB a rondar as 3% nos últimos anos (a previsão oficial para 2013 é 3,5%), a Sonae Sierra considera a Argélia um "mercado muito atraente" e com uma Indústria de centros comerciais com "elevado potencial de crescimento". A expectativa é justificada pela "relativamente baixa" área Bruta Locável (ABL) de 200 mil metros quadrados (m2) em 2012, contra o estimado potencial de 1,8 milhões de m2; e por um valor de ABL por mil habitantes "bastante baixo" - 5 rn2 -, que compara com os 226 m2 por cada milhar de habitantes na União Europeia. Segundo a síntese de mercado elaborada pela AICEP, a Argélia, que tem o árabe coma língua oficial, apresenta um risco de credito de 3, numa escala crescente de 1 a 7. Em 2012, importou bens nacionais no valor de 427 milhões de euros - é o 14.º melhor comprador internacional -, mas apenas 18 milhões de euros em serviços. 

Fonte: Negócios

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